A torcida do Cruzeiro segue revoltada nesta quinta-feira (5) com a decisão da 7ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte de arquivar um dos processos criminais contra os ex-dirigentes da Raposa: Wagner Pires de Sá, Sérgio Nonato e Itair Machado, por falta de provas. Pelas redes sociais, alguns afirmaram que ‘tudo acabou em pizza, como sempre”.
O trio esteve à frente da Raposa entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019, ano que o time caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro. Dias após a queda, o então presidente Wagner apresentou uma carta renunciando ao cargo. A situação do presidente e dos aliados ficou insustentável após denúncias publicadas pelo Fantástico em maio de 2019, quando o clube ainda estava bem na série A.
Na época, os repórteres Gabriela Moreira e Rodrigo Capelo tiveram acesso a documentos internos do clube que revelam transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes. Ainda trouxeram a informação envolvendo a negociação do garoto Estevão, ex-Messinho, então menor de idade, com um investidor, o que é proibido.
Em maio deste ano, a Justiça de Minas Gerais atendeu ao pedido do Cruzeiro e determinou o bloqueio de R$ 819 mil nas contas de Itair Machado, Wagner Pires de Sá e da Veloz e Moraes Negócios e Consultoria Ltda, empresa que agenciava o goleiro Fábio, hoje no Fluminense.
O bloqueio é resultado de uma ação indenizatória movida em 2021 pelo Cruzeiro Associação. O processo refere-se à renovação de contrato do goleiro Fábio, firmado em 20 de novembro de 2018.
Um acordo assinado na época previa o pagamento de R$ 900 mil para a empresa Veloz e Moraes, como comissão pela ampliação do vínculo do clube com o atleta. O ex-presidente Wagner Pires de Sá e Itair Machado representavam o Cruzeiro neste acordo.
“A decisão não é final e cabe recurso por parte dos investigados, mas resultados como esse nos deixam confiantes de que a justiça será feita nos vários processos que temos em andamento”, afirmou o Superintendente Jurídico Marcos Lincoln à época.
Leia mais