Wagner/Itair/Serginho

Torcida do Cruzeiro segue na bronca com arquivamento de processo contra ex-gestores

China Azul ‘culpa’ justiça brasileira por caso “acabar em Pizza”

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
05/09/2024 às 14:50.
Atualizado em 05/09/2024 às 14:54
Wagner esteve à frente do Cruzeiro em ano que terminou com rebaixamento e polêmicas (Vinnicius Silva / Cruzeiro)

Wagner esteve à frente do Cruzeiro em ano que terminou com rebaixamento e polêmicas (Vinnicius Silva / Cruzeiro)

A torcida do Cruzeiro segue revoltada nesta quinta-feira (5) com a decisão da 7ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte de arquivar um dos processos criminais contra os ex-dirigentes da Raposa: Wagner Pires de Sá, Sérgio Nonato e Itair Machado, por falta de provas. Pelas redes sociais, alguns afirmaram que ‘tudo acabou em pizza, como sempre”. 

“Nojo desses caras se fosse num país sério já tavam na cadeia”, publicou Rubens Alves.
“Faltou o torcedor do Cruzeiro ficar no pé desse processo, querer saber passo a passo de como anda, e ainda mais, não deixar arquivarem. Mas o brasileiro tem memória curta”, postou o perfil Nilcimar Fonseca.

O trio esteve à frente da Raposa entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019, ano que o time caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro. Dias após a queda, o então presidente Wagner apresentou uma carta renunciando ao cargo. A situação do presidente e dos aliados ficou insustentável após denúncias publicadas pelo Fantástico em maio de 2019, quando o clube ainda estava bem na série A. 

Na época, os repórteres Gabriela Moreira e Rodrigo Capelo tiveram acesso a documentos internos do clube que revelam transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes. Ainda trouxeram a informação envolvendo a negociação do garoto Estevão, ex-Messinho, então menor de idade, com um investidor, o que é proibido.

Em maio deste ano, a Justiça de Minas Gerais atendeu ao pedido do Cruzeiro e determinou o bloqueio de R$ 819 mil nas contas de Itair Machado, Wagner Pires de Sá e da Veloz e Moraes Negócios e Consultoria Ltda, empresa que agenciava o goleiro Fábio, hoje no Fluminense.

O bloqueio é resultado de uma ação indenizatória movida em 2021 pelo Cruzeiro Associação. O processo refere-se à renovação de contrato do goleiro Fábio, firmado em 20 de novembro de 2018.

Um acordo assinado na época previa o pagamento de R$ 900 mil para a empresa Veloz e Moraes, como comissão pela ampliação do vínculo do clube com o atleta. O ex-presidente Wagner Pires de Sá e Itair Machado representavam o Cruzeiro neste acordo.

“A decisão não é final e cabe recurso por parte dos investigados, mas resultados como esse nos deixam confiantes de que a justiça será feita nos vários processos que temos em andamento”, afirmou o Superintendente Jurídico Marcos Lincoln à época. 

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