Os técnicos de Cruzeiro e Atlético deram seus depoimentos sobre a tragédia acontecida na tarde do sábado (2), quando torcidas organizadas das equipes entraram em confronto, o que resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro. Lucas Elias Vieira, de 28 anos, conhecido como Bidu, era integrante da Máfia Azul.
Larcamón, treinador celeste, lamentou muito o ocorrido dizendo que, culturalmente, as torcidas estão confundindo o tamanho da paixão e transformando tudo isso em tragédia.
“Dói muito, porque ainda sinto que na América Latina esse tipo de notícias continua demonstrando que, culturalmente, estamos confundindo um jogo, que envolve paixão, mas não é de vida ou morte. E ainda estamos lutando, em níveis de violência que, lamentavelmente, são próprios de todas as culturas. Aqui no Brasil, em qualquer país perto daqui, também têm essas mesmas situações tristes, porque hoje uma família vai chorar muito por uma situação que não merecia”, declarou Larcamón.
Já Felipão falou sobre a facilidade de um cidadão poder andar armado e usá-la em uma briga que envolve futebol.
“Eu acho um absurdo. Um jogo de futebol é apenas um jogo de futebol. Envolver polícia, briga, morte, eu acho um absurdo. Parece que andar armado hoje é uma facilidade tão grande. As torcidas devem se respeitar. Não é uma guerra entre A ou B. É um jogo de futebol. Pelo amor de Deus. Quem é que vai brigar ou vai se matar por causa do jogo do futebol? Ridículo”, declarou.
Lucas era entregador e sempre que podia, ia aos jogos do clube. O torcedor deixou uma filha de dois anos.
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