A meta definida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é bem claro: manter o primeiro lugar no quadro de medalhas nos Jogos Parapan-Americanos. Atual bicampeão da competição multiesportiva continental, o Brasil assumiu o favoritismo para a edição que será disputada em Toronto, a partir da próxima sexta-feira, até dia 15 de agosto, em uma espécie de laboratório para atingir a objetivo de brigar para ficar entre os cinco melhores colocados nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Esta será a quinta edição do Parapan-Americano. Nas duas últimas – 2007, no Rio, e 2011, em Guadalajara, no México – , o Brasil ficou no topo do quadro de medalhas. Será também a maior competição paralímpica realizada no Canadá desde os Jogos Paralímpicos de 1976, também disputados em Toronto.
“O propósito é mesmo o primeiro lugar, repetindo o feito alcançado no Rio e em Guadalajara. Nossos maiores rivais deverão ser o Canadá, que estará em casa, com força total, Estados Unidos e México”, afirma Andrew Parsons, presidente do CPB.
Nada de teste
Segundo o dirigente, o fato de o Brasil já estar classificado para várias modalidades dos Jogos Paralímpicos de 2016, por ser o país sede, não fará do Parapan de Toronto um teste de luxo para as equipes.
“Apesar de já termos muitas vagas asseguradas para o Rio, em 2016, várias outras vagas estarão em jogo em Toronto e não podemos esquecer que os outros países também lutarão para conquistar suas vagas para o Rio. Isso, consequentemente, aumenta o nível da competição. Além disso, o Parapan será no Canadá, que é um país muito forte no esporte paraolímpico, e eles estarão presentes com uma delegação muito forte. Mas a gente vai para ganhar”, diz Parsons, otimista.
Para atingir a finalidade, a delegação do Brasil viajou para Toronto com a maior delegação da sua história, formada por 272 atletas.
Destaques são garantia
Entre os 272 atletas que representarão o Brasil no Parapan de Toronto estará o nadador Daniel Dias, maior medalhista do esporte paralímpico brasileiro. O atleta conquistou 11 medalhas de ouro na competição de Guadalajara, há quatro anos.
"O Parapan é especial para mim. Tenho ótimas lembranças da minha primeira participação, quando competi diante do público brasileiro, no Rio, em 2007. Quatro anos depois, tive a felicidade de deixar Guadalajara com 11 medalhas de ouro. Não vejo a hora de estar em Toronto”, diz Daniel Dias, que juntamente com Clodoaldo Silva e André Brasil prometem uma “chuva” de medalhas douradas para o país na natação.
Outro grande destaque da delegação brasileira é o velocista Alan Fonteles, campeão olímpico e mundial. Ele ficou conhecido após surpreender o mundo, ao desbancar o sul-africano Oscar Pistorius na Paralimpíada de Londres, em 2012.
Há também atletas que disputarão um Parapan pela primeira vez, como a velocista Verônica Hipólito. Embora já tenha conquistado um ouro e uma prata em um Mundial, a jovem de 18 anos está entusiasmada com as provas em Toronto.
“Estou bem animada, porque o atletismo do Brasil poderá mostrar sua força”, garante a estreante no Parapan canadense.