Enquanto tenta dificultar a perda de peças nesta janela de transferência internacional, o Atlético ganha reforço nos cofres por conta da maior venda realizada desde a saída de Bernard. O São Paulo quitou parcelas referentes à aquisição do atacante Lucas Pratto com o clube mineiro. Segundo o Hoje em Dia apurou, foram pagos, depois de certo atraso, 3,2 milhões de euros ao Galo na semana passada.
Assim sendo, o tricolor paulista fecha o pagamento dos 50% dos direitos econômicos que comprou do argentino, vendido pelo Atlético em fevereiro deste ano, na "segunda maior transação da história do clube", segundo disse à época o presidente Daniel Nepomuceno. Em fevereiro, os 3,2 milhões de euros correspondiam a R$ 10,4 milhões. Na cotação atual da moeda do Velho Continente, as cifras pulam para 11,8 milhões.
O São Paulo tinha duas parcelas pela frente, com vencimentos em abril e em julho. O Atlético, no entanto, registrou a entrada do dinheiro apenas na última semana completa do sétimo mês do ano. O Galo, com isso, ganha fôlego financeiro. Vale lembrar que o alvinegro ainda detém 50% dos direitos econômicos do "Urso", sendo que o São Paulo teria obrigações contratuais de adquirir esses 50% em regras pré-estabelecidas.
Além disso, o Galo firmou no contrato da venda uma cláusula conhecida como "mais-valia". Se o São Paulo vender Lucas Pratto por um preço maior do que gastou para comprá-lo (obtendo lucro), o Atlético receberia uma porcentagem deste lucro. Tal "mais-valia" favoreceu o Vélez Sarsfield quando o alvinegro negociou o centroavante ao Morumbi
GRÊMIO DE OLHO
No primeiro pagamento realizado para o Atlético por Pratto, o São Paulo foi acionado pela Justiça do Rio Grande do Sul para depositar os valores em uma conta judicial. Esta foi uma determinação do processo que o Grêmio move contra o Galo pela dívida que o clube mineiro mantém na compra do goleiro Victor (cerca de R$ 10,5 milhões).
Entretanto, o São Paulo já havia depositado o dinheiro quando foi notificado. O Hoje em Dia tentou entrar em contato com o departamento jurídico do Grêmio para saber como anda esta questão, mas não teve as ligações atendidas.