Destaques na Europa, Alisson e Navas antecipam possível disputa pessoal

Frederico Ribeiro
Enviado Especial à Rússia
20/06/2018 às 21:29.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:52
 (Divulgação/CBF)

(Divulgação/CBF)

SÓCHI (Rússia) – Titulares absolutos das respectivas seleções, Alisson e Keylor Navas provaram o sabor amargo da desconfiança, mas chegam em alta a esta Copa. Destaques na última Liga dos Campeões, os goleiros se encontrarão nesta sexta-feira (22), em São Petersburgo, no duelo entre Brasil e Costa Rica pela segunda rodada do Grupo E. Um embate que pode antecipar, inclusive, uma disputa de posição entre os dois jogadores.

Na Roma, o brasileiro herdou a titularidade após a saída do polonês Szczesny, que foi ser reserva e sucessor de Gianluigi Buffon na Juventus. “Mais do que um rosto bonito”, o gaúcho foi participante ativo na campanha do clube da capital italiana na Champions, eliminando o Barcelona nas quartas e quase alcançando outro milagre na semifinal, diante do Liverpool.

Na outra chave do torneio europeu, Navas – que nunca foi unanimidade na torcida do Real Madrid – também fez milagres, principalmente na semifinal contra o Bayern de Munique, demonstrando estar à altura do tricampeão continental ao lado de Cristiano Ronaldo e companhia. 

Ainda assim, viu o lugar na equipe outra vez ameaçado, pois o clube está no mercado atrás de um novo camisa 1. O Real já havia ficado por um fio na contratação de David De Gea (titular da seleção espanhola) há três anos, quando Navas parecia não suportar o peso da camisa merengue, mesmo depois de ter se destacado justamente em uma Copa do Mundo, em 2014. 

Agora, Alisson aparece como um dos jogadores sondados pelo clube de Madrid. Cinco anos mais novo em relação ao costarriquenho, ele prefere definir o futuro apenas após o Mundial. Mas o preço de € 80 milhões imposto pela Roma é um entrave para a negociação.

Consagrado com três títulos europeus em série, Navas tem o desafio de não levar gol do Brasil. Em caso de derrota, irá mais cedo para casa, e ainda sob o risco de virar reserva no clube após a Copa.

SUOR E PRIVILÉGIOS

Se no Real Navas precisa “matar um leão” a cada rodada para se provar, na Costa Rica o goleiro ocupa o posto de ídolo máximo. A sensação é que a presença dele representa um “favor” à seleção. Tem tratamento privilegiado, é poupado de tarefas como participar de zonas mistas e recebe autorização para se ausentar de compromissos oficiais da equipe.

Por outro lado, Alisson conta com a confiança de Tite, mesmo tendo um currículo menos “pomposo” que outros concorrentes. Um fator que une o brasileiro ao costarriquenho é que, assim como o rival, ele também já tirou espaço de uma lenda da posição: colocou Dida no banco do Internacional, enquanto o adversário de amanhã “mandou” Iker Casillas do Real para o Porto.

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