A Fifa anunciou nesta quinta-feira (11) que o seu diretor de comunicação e relações públicas, Walter De Gregorio, resolveu pedir demissão "com efeito imediato", em uma nova consequência direta do escândalo de corrupção que abala a entidade. O organismo que controla o futebol mundial, porém, informou que o dirigente seguirá trabalhando como consultor até o final deste ano.

O jornalista suíço foi contratado para o cargo de diretor de comunicação da Fifa em setembro de 2011, depois de trabalhar na campanha para reeleição de Joseph Blatter à presidência da entidade naquele ano. Ele era muito próximo ao mandatário, que acabou anunciando a sua renúncia do cargo depois de voltar a ser reeleito presidente, no final do mês passado, quando se viu combalido pelas denúncias que atingiram a Fifa e resultaram na prisão de vários dirigentes na Suíça, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Ao comentar o pedido de demissão de Gregorio, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que "Walter trabalhou incrivelmente duro nos últimos quatro anos" e que a entidade é "imensamente grata por tudo que ele fez". "Estou feliz por podermos seguir contando com sua experiência até o final deste ano", completou, por meio do comunicado oficial divulgado nesta quinta.

A Fifa também informou que o cargo que era ocupado por Gregorio passará a ser assumido interinamente por Nicolas Maingot, que era diretor adjunto do agora ex-chefe de comunicação da entidade. Este último, por sinal, estava na tribuna ao lado de Blatter quando o presidente anunciou a sua renúncia.

As eleições para escolher o novo presidente da Fifa deverão ocorrer em dezembro, embora a Fifa ainda não tenha confirmado a data do novo pleito. Mesmo pressionado a deixar o seu cargo de forma imediata, Blatter optou por seguir na presidência neste período de transição.