Para o diretor de cerimônias do Comitê Rio-2016, Leonardo Caetano, as apresentações de abertura e fechamento dos Jogos Olímpicos de 2016 podem agradar mais ao público brasileiro do que os espetáculos realizados na Copa do Mundo de 2014, cujas festas de abertura e encerramento decepcionaram o público. Nesta quinta-feira, o diretor comentou o processo de criação das festas, em entrevista na sede da entidade no Rio.

Os espetáculos da Copa do Mundo foram comandados pela belga Daphne Cornez, que na opinião de Caetano não conseguiu transmitir a "alma brasileira". "Quando o diretor é de sei lá onde fica difícil botar a alma ali", considerou. "O único jeito de falar com quem está em casa é emocionar o brasileiro, quem está ali (na arquibancada). Se ficar no meio do caminho entre falar para brasileiro e para gringo, você se perde."

Na Olimpíada, as cerimônias estão sendo coordenadas por Andrucha Waddington, Fernando Meirelles e Daniela Thomaz. "São pessoas que já falam do Brasil há muito tempo. Fernando é um dos maiores contadores de histórias do Brasil, a Daniela tem um grande conhecimento em manifestações artísticas, de estética. O Andrucha faz publicidade para todo tipo de gente", apontou.

Por outro lado, Caetano considera um desafio unir a diversidade cultural brasileira em um só projeto. O enredo da cerimônia já está definido, mas só poderá ser visto na hora da cerimônia. "Não vamos listar todos os ritmos ou manifestações culturais (brasileiras). A gente quer contar uma história usando como base alguns elementos culturais."

O Comitê Rio-2016 prevê que 12 mil voluntários vão participar da abertura e da festa de encerramento dos Jogos. As inscrições estão abertas no site http://www.rio2016.com/. Também vão participar artistas famosos e profissionais com habilidades específicas.

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