O São Paulo perdeu para o Arsenal por 2 a 1 na Argentina, na noite de quinta-feira, viu a sua situação ficar complicada na Copa Libertadores e agora a diretoria tentará apagar um princípio de crise. Segundo Adalberto Batista, diretor de futebol, o trabalho de Ney Franco continua prestigiado.
"A diretoria está plenamente satisfeita com o trabalho de toda a comissão técnica. Tivemos duas infelicidades nessas duas partidas da Libertadores - empate e derrota para o Arsenal. Não podemos avaliar o trabalho por esses resultados", avisou.
O dirigente garante que está confiante na classificação do São Paulo para a próxima fase da competição sul-americana. "Vamos ganhar os dois próximos jogos e nos classificar", disse.
Só que a diretoria está atenta para princípios de insatisfação dos atletas com o treinador. O goleiro Rogério Ceni chegou a se indispor quando tentou interferir em uma substituição no ano passado. Depois foi a vez de Paulo Henrique Ganso, que mostrou para todas as câmeras que estava incomodado ao ser substituído durante clássico com o Palmeiras.
Já na partida contra o Arsenal foi a vez de Lúcio deixar transparecer sua indignação ao sair de campo no início da etapa final. Ele foi até o banco, não olhou para Ney Franco, tirou as proteções da perna e preferiu ir para o vestiário, sem ficar sentado com seus companheiros. "Acho que ele saiu rápido para a gente ganhar tempo", minimizou Ganso.
O meia garante que o grupo está fechado com o comandante e acha que o trabalho ainda vai render frutos. "A gente está apoiando bastante o Ney Franco e dependemos apenas de nossas forças para garantir a classificação", avisou Ganso.
De qualquer maneira, já existe pressão de alguns conselheiros para que a diretoria troque de comando e contrate Paulo Autuori, que levou o São Paulo ao título da Libertadores de 2005 e que atualmente está sem clube.