Quando deixou Minas Gerais para tentar a carreira no Sul do país, em 2015, o meia Lucas Mineiro não imaginava que, como titular da equipe principal da Chapecoense, pisaria no Camp Nou para enfrentar Messi, Suarez e cia. Mas aconteceu.
Cria das categorias de base do Villa Nova, onde era chamado de Dodô, o belo-horizontino, filho de dona Nadia e neto de dona Edith, teve na última segunda-feira (7) a experiência mais incrível dos seus 21 anos.
Dono da camisa 25 da Chape e um dos onze atletas que restaram no clube após a tragédia na Colômbia, Lucas ficou encantado com a estrutura do clube catalão e, principalmente, com a postura dos craques que em outrora só tinha contato pela televisão ou pelos games de futebol. A derrota por 5 a 0, com direito a passeio dos espanhóis, pouco importou para ele e o restante do grupo.
Lucas, além de criar as jogadas da Chape, precisou marcar os craques do Braça
"Não tenho palavras para descrever este momento. Estou muito grato a Deus, pois ele só faz essas maravilhas. Os caras (jogadores do Barça) são diferentes, têm muita qualidade", comenta o jogador em conversa com o Hoje em Dia.
"Antes da bola rolar sempre tem aquela tensão, mas foi um dia muito especial. Eu queria desfrutar ao máximo. Esse jogo vai ficar marcado na minha memória", acrescenta.
Na França, onde o time de Chapecó realizou jogo-treino nesta terça (8), contra o Lyon, Lucas experimenta a rotina dos grandes craques que atuam no Velho Continente. Querida nos quatro cantos do planeta, a equipe brasileira chama atenção por onde passa.
Sem perder a humildade, marca que vem de família, o ex-meia do Leão do Bonfim, além de ter a prova concreta de que fez certo ao deixar o time de Nova Lima, percebeu também que pode ir muito além na carreira.