Dezenas de estudantes se amontoaram nas grades que separam um clube e a Granja Comary para tentar assistir a um pedaço do treino da Seleção Brasileira, que foi realizado na manhã desta quarta-feira (29). Aos gritos de “ô, Felipão, eu quero ver a Seleção”, os alunos de uma escola particular do Rio de Janeiro fizeram de tudo para sensibilizar o comandante canarinho. Entretanto, voltaram para casa apenas com as boas lembranças do local.
Quando o sol começou a aparecer manhã desta quinta-feira (29), os 87 alunos saíram da unidade da escola, localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e encararam os 96 km que separam a Cidade Maravilhosa de Teresópolis. Foram 2 horas e meia de viagem, que tinha como primeira parada a Granja Comary.
De acordo com o professor de educação física dos estudantes, Rodrigo Magalhães, a viagem tinha como objetivo levar a eles um pouco da cultura do município, localizado na região Serrana do Estado. Por isso, montaram um roteiro que conta com visitas aos parques da cidade e demais pontos turísticos. Entretanto, estrategicamente eles bolaram uma visita no clube, para aproximar os alunos dos jogadores da Seleção.
“A viagem estava programada há dois meses. Claro que bolamos uma visita estratégica aqui ao lado da Granja. Um dos nossos professores é sócio do Clube Comary (vizinho ao centro de treinamento da Seleção). Por isso, organizamos essa parada aqui, pois queríamos dar esse gostinho a eles. Infelizmente, não deu para chegar perto, mas sabíamos que era difícil”, avaliou Rodrigo.
Apesar de não ter conseguido o contato com os ídolos, os estudantes mantiveram o pique e agitaram o treinamento da Seleção, mesmo do lado de fora da Granja. Enquanto o time canarinho trabalhava, era possível escutar os nomes de atletas como Neymar, Hulk, Oscar e até mesmo do aniversariante do dia, Hernanes.
Os gritos vinham principalmente de uma fã do craque do Barcelona, estudante da oitava série do ensino fundamental. Ao ser questionada se a viagem valeu a pena mesmo sem o contato com o camisa 10 da Seleção, ela foi enfática. “Que nada, a gente está se adorando aqui. É uma ótima experiência”. Depois, falou um pouco baixo, para o professor não escutá-la: “Ainda mais porque estamos nos divertindo na excursão, não na aula de matemática”, brincou a aluna.