Duelo sul-americano vale primeira taça e ampliação da supremacia

Henrique André - Hoje em Dia
03/12/2014 às 07:28.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:15

(Editoria de arte)

River Plate e Atlético Nacional começam na noite de hoje, na Colômbia, a caminhada para a conquista do inédito título da Copa Sul-americana. Caso levantem o caneco, os hermanos, de quebra, ampliarão a supremacia do futebol argentino dentro da competição.

Com seis títulos conquistados em 12 edições da Sul-Americana, a Argentina está longe de ser batida, já que o segundo maior vencedor é o Brasil, com apenas duas conquistas. O Internacional, em 2008, e o São Paulo, em 2012, foram os dois únicos times tupiniquins a conquistar o torneio.

Já o Colômbia, país do Atlético Nacional, nunca viu um dos seus clubes triunfar na Sul-Americana. O melhor desempenho foi justamente do time alviverde, vice-campeão da primeira edição, em 2002, quando foi derrotado pelo San Lorenzo na decisão.

Força máxima

O time colombiano contará com a força máxima para encarar o River no primeiro jogo da decisão. O destaque do time é o camisa 10 Edwin Cardona, que articula a maior parte das jogadas com o volante Alexander Mejía.

Depois de conquistar três títulos nacionais seguidos, o técnico Juan Carlos Osorio deixou claro que a prioridade absoluta é a conquista do segundo troféu internacional mais importante da história do clube, depois da Libertadores de 1989. Já o River Plate espera confirmar de vez sua volta ao primeiro escalão do futebol continental. O clube foi rebaixado em 2011, mas renasceu das cinzas com a conquista do Torneio Final depois do retorno à elite.

Os comandados de Marcelo Gallardo, ex-jogador da seleção argentina e ídolo nos “milionários”, chegam a Medellín invictos na competição, com sete vitórias e um empate sem gols no primeiro duelo das semifinais contra o arquirrival Boca Juniors, na Bombonera.

A Copa que virou um abacaxi

A rigor, a Copa Sul-Americana deveria ser vista e tratada pelos clubes brasileiros como a Liga Europa do nosso continente. Na prática, não é o que ocorre, por conta do ainda famigerado calendário nacional. Antes desprezada, e agora tratada (equivocadamente) apenas como consolo, a Sul-Americana virou um abacaxi, já que é disputada paralelamente ao Brasileirão e à Copa do Brasil. Fato que provocou um critério esdrúxulo no país: somente disputa a Sul-Americana o clube que obteve vaga no Brasileirão do ano anterior e foi eliminado até a terceira fase da Copa do Brasil do ano vigente. Entendeu??? A questão é que, por conta dessa distorção ocasionada por desalinhamento de calendário, os clubes brasileiros não se preparam adequadamente para a Sul-Americana. Pena. Afinal,ela gera premiação de quase R$ 5 milhões, vaga na pré-Libertadores do ano seguinte, na final da Recopa e, claro, por tudo isso, visibilidade. É pouco?

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