A vitória na estreia do Campeonato Brasileiro, por 2 a 1 sobre o Avaí, tirou um pouco do peso das costas da equipe do Atlético, bastante pressionada após a perda do título estadual para o Cruzeiro e da eliminação precoce na fase de grupos da Copa Libertadores. Contudo, o grupo está ciente que ainda é precisa fazer muito mais para acalmar os ânimos dos torcedores, revoltados com a crise que se instalou no clube alvinegro.
Poupado das vaias nos últimos jogos, o atacante Luan tem a receita para mostrar ao torcedor que a camisa está sendo honrada, mesmo com os resultados ruins. Para ele, a entrega dentro de campo se reflete nas cadeiras do Independência e do Mineirão e, por merecimento, as vaias dão lugar aos aplausos.
"Não é que sou poupado. É que o torcedor do Atlético quer que a gente se dê ao máximo; se eu não der, ele vai cobrar. A pressão em quem permaneceu aqui após conquistar grandes títulos, como eu, o Léo, o Victor e o Réver, é bem maior. Os torcedores sabem que já demos voltas por cima, fizemos coisas impossíveis, e querem isso novamente", comenta o "Maluquinho".
"A pressão existe sempre em time grande, principalmente no Brasil. O importante neste início de Brasileiro é vencer o máximo possível para pegar confiança. Temos que dar uma arrancada para, na parada da Copa América, ajustar algumas coisas", acrescenta.
Perguntado sobre o trabalho de Rodrigo Santana, técnico interino que assumiu a equipe na véspera do primeiro clássico da final do Campeonato Mineiro, Luan diz que tem gostado bastante. Para ele, inclusive, o comandante, de 36 anos, tem tudo para ser um dos melhores do país.
"O Rodrigo é um cara inteligente, calmo, que observa, sabe trabalhar e precisa de sequência, com resultados positivos. Temos que melhorar cada vez mais. Ele tem tudo para ser um dos melhores treinadores do futebol brasileiro", finaliza.