(Andre Brant)
Aos 31 anos, o jovem advogado criminalista Castellar Modesto Guimarães Neto acordou, na manhã desta quinta-feira (28), com uma certeza: será eleito o novo presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF). Porém, o conselheiro do Atlético sabe que, mesmo sendo candidato único no pleito que acontece à tarde, terá que esperar uma decisão judicial para não ter os seus votos anulados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A eleição que escolhe presidente, vice-presidente e membros do Conselho Fiscal pode ser invalidada por determinação da Justiça.
A chapa “Renovação, modernização e transparência”, encabeçada pelo ex-prefeito de Nova Serrana Paulo Cézar Freitas, foi impedida de concorrer ao pleito. Em contrapartida, ela resolveu entrar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O resultado da ação será publicado pouco antes do começo da eleição.
“Nosso advogado informou que a resposta vai sair até a parte da manhã de amanhã (nesta quinta). Em caso de adesão do mandado de segurança, os votos da eleição serão invalidados”, disse Silvestre Ferreira, vice-presidente na chapa “Renovação”.
O Conselho Eleitoral da FMF indeferiu a inscrição da chapa de Freitas porque ela não possuia o número suficiente de assinaturas dos times amadores de Belo Horizonte e por apresentar duplicidade de assinaturas com a chapa de Castellar.
O regulamento da eleição diz que a chapa que se inscreve primeiro ganha as assinaturas duplicadas. Porém, Silvestre Ferreira argumenta que a Federação reconheceu a “simultaneidade” na hora de inscrever as duas chapas concorrentes.