Eliminatórias para 2018 serão as mais equilibradas da América do Sul desde 2002

Alexandre Simões – Hoje em Dia
Publicado em 11/10/2015 às 09:50.Atualizado em 17/11/2021 às 02:00.
 (Rafael Ribeiro/CBF/Arquivo)
(Rafael Ribeiro/CBF/Arquivo)

As Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018 tiveram apenas a primeira rodada disputada, mas como diz o ditado popular: “a primeira impressão é a que fica”. E diante da estreia desastrosa do time de Dunga, com a derrota de 2 a 0 para o Chile, na última quinta-feira, em Santiago, já é sim tempo de fazer conta, pois a Seleção Brasileira nunca passou por uma crise técnica com a proporção da atual.

O modelo de turno e returno, que começou a ser usado nas Eliminatórias para a Copa da França, em 1998, já teve cinco edições, mas apenas três delas contaram com os dez países filiados à Conmebol. O Brasil ficou de fora da primeira, pois tinha a vaga garantida como campeão de 1994, e da última, por ser sede do Mundial em 2014.

Assim, só é possível usar como base as Eliminatórias para as Copas de 2002 (Coreia do Sul e Japão), 2006 (Alemanha) e 2010 (África do Sul).

A pontuação mínima para se assegurar pelo menos o quarto lugar, que garante a última vaga direta da América do Sul para a Copa, foi 25 pontos, nas Eliminatórias para o Mundial da África do Sul, em 2010.

Mas em 2002, por exemplo, o passaporte para a Coreia do Sul e Japão só foi carimbado com 28 pontos. Em 2006, a marca ficou em 26.

CRESCIMENTO

Mas uma grande diferença marca esta edição das Eliminatórias, em relação às três últimas que o Brasil disputou, e ela será decisiva para o acirramento da briga pelas quatro vagas diretas no Mundial e, até mesmo, pela quinta vaga, na repescagem.

Chile e Colômbia, hoje grandes forças da América do Sul, não chegaram sequer à repescagem em 2002 e 2006. Em 2010, os chilenos conquistaram uma vaga, mas os colombianos seguiram de fora.

Brasil e Argentina sempre se classificaram diretamente. O Uruguai foi o quinto colocado e precisou disputar a repescagem nas três oportunidades.

EQUADOR

O problema é que há ainda uma sexta força, o Equador, que já estreou nas Eliminatórias fazendo 2 a 0 na Argentina, dentro do Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e que nos jogos em casa tem a altitude como aliada, pois os 2.850 metros acima do nível do mar de Quito fazem a diferença. O Brasil, por exemplo, perdeu lá em 2002 e 2006 e arrancou um empate suado em 2010.

Depois de disputar uma Copa pela primeira vez em 2002, na Coreia do Sul e Japão, o Equador só ficou de fora da competição em 2010, na África do Sul, pois participou também dos Mundiais de 2006 e 2014.

O equilíbrio será a marca das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia. E não perder pontos para as quatro seleções consideradas mais fracas – Venezuela, Bolívia, Peru e Paraguai – é uma obrigação.

Por isso, apesar de ser válido apenas pela segunda de 18 rodadas, o jogo de terça-feira do Brasil contra a Venezuela, às 22h, no Castelão, em Fortaleza, é uma decisão para Dunga e seus comandados.

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