(Reprodução / Instagram Memorial Santos)
Quando o Rei do Futebol, aos 62 anos, conheceu as estruturas do Memorial Necrópole Ecumênica, o cemitério vertical na Baixada Santista, inaugurado em 1991, espaço idealizado pelo argentino Pepe Altsut, não teve dúvidas: ali seria o lugar que escolheria para ser enterrado.
"Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério", revelou Pelé à época, em entrevista ao Jornal A Tribuna.
Com um total de 14 andares e uma área de 40 mil m², o primeiro cemitério vertical da América Latina foi eleito pelo Guinness Book, em 1991, como o mais alto do mundo. O Rei escolheu o lóculo (espaço onde o caixão é colocado) do nono andar do edifício.
Lóculo no Memorial onde Pelé será enterrado (Reprodução / Redes Sociais Memorial Santos)
A escolha do andar não foi aleatória. Além de ter uma vista para a Vila Belmiro, palco onde o craque desfilou com a camisa do Santos, o pai do Rei do Futebol, Dondinho, era centroavante, na época que jogava futebol, e vestia justamente o número 9.
No mesmo cemitério estão enterrados Jair Arantes do Nascimento, irmão de Pelé, que faleceu em 2020, vítima de um câncer de próstata. E a filha, cuja paternidade o Rei não assumiu, Sandra Arantes do Nascimento, morta em 2006 por um câncer de mama. Além deles, o grande amigo e parceiro de ataque do Santos, Coutinho, que falaceu em 2019, em decorrência de diabetes e hipertensão arterial sistêmica
Cortejo do Rei
Na próxima segunda-feira (2), o corpo de Pelé deixará o hospital Albert Einstein, na capital paulista, e seguirá para a Vila Belmiro, onde, no mesmo dia, às 10h, será velado em cerimônia aberta ao público que deseja dar um último adeus ao Rei. Na terça-feira, seguirá em cortejo pelas ruas da cidade de Santos, passando pela porta da casa da mãe do Rei do Futebol, dona Celeste, a caminho do Memorial onde ele será enterrado, apenas com a presença da família.
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