A fase do Palmeiras é tão boa que até os problemas estão se transformando em solução. Com as ausências de Román, Maurício Ramos e Thiago Heleno, todos machucados, Felipão se viu obrigado a dar uma chance ao jovem Wellington, de 20 anos. E o garoto formado nas categorias de base não decepcionou em dois jogos como titular. Tanto que deve ser mantido no time que vai pegar o Bahia, quinta-feira, em Barueri.
Na avaliação do próprio jogador, o seu desenvolvimento depois de um semestre entre os profissionais se deve muito ao auxílio de Flávio Murtosa. "Ele pega muito no pé para eu trabalhar com a perna esquerda também. Muitos treinadores querem que o jogador chegue pronto da base, mas aqui eles (Felipão e Murtosa) estão sendo importantíssimos comigo, me ajudando também com meus defeitos", avaliou Wellington, nesta terça-feira.
Diante do Coritiba, há uma semana, o garoto foi comandado do banco de reservas por Murtosa, uma vez que Felipão estava suspenso. Já contra o Náutico, domingo, era Scolari quem estava dando ordens à beira do campo e, confiando em Wellington, até mandou o zagueiro se arriscar na frente.
"Eu peguei a bola e o Felipão mandou eu ir, por isso acabei indo para a frente. Quando dá pra sair eu saio. Já contra o Coritiba, o Murtosa me falou para fazer o simples e ser zagueiro zagueiro, que assim eu faria sucesso. Por isso só dei balão", explicou Wellington.
No clube, o garoto sempre teve seu estilo comparado ao de Henrique, pela facilidade em chegar à frente e fazer gols. Agora eles dividem o mesmo time, com o mais experiente ocupando um lugar no meio-campo. Ainda que Maurício Ramos se recupere de contusão a tempo de jogar contra o Bahia, a tendência é que Leandro Amaro vá para o banco. O garoto, em alta com Felipão, seguiria no time.
"O professor (Felipão) está me dando confiança e eu espero ter mais oportunidades nas próximos partidas. Eu vi as entrevistas dele e, com certeza, isso me dá uma moral a mais para continuar trabalhando", completou Wellington.
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