Em estreia do Brasil no Rio-2016, seleção feminina de futebol derrota a China

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/08/2016 às 19:47.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:09

(Ricardo Stuckert/CBF)

Com um futebol bastante ofensivo, a seleção feminina de futebol derrotou nesta quarta-feira a China, em jogo disputado no estádio Olímpico, o Engenhão, na estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O placar de 3 a 0 até pareceu modesto diante do número de oportunidades que as brasileiras desperdiçaram no segundo tempo.

Mônica, aos 35 minutos de jogo, marcou o primeiro gol da estreia brasileira na Olimpíada. Andressa Alves, aos 12 da segunda etapa, fez o segundo. A artilheira Cristiane, de cabeça, fechou o placar aos 43. O time treinado pelo técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, jogou bem, sempre com forte presença no campo adversário A torcida, que ocupava metade do Engenhão incentivou muito a seleção. Fazia barulho e empurrava as jogadoras para o ataque desde o início. Logo a 1 minuto, a artilheira Cristiane chutou e a goleira chinesa defendeu.

A partir daí, o jogo foi só ataque contra defesa. O primeiro escanteio para a China aconteceu aos 37 minutos. Chance de gol da seleção asiática só aos 46, quando a brasileira Fabiana cabeceou para trás, longe da goleira Bárbara. A bola quase entrou.

As chances de gol para o Brasil vinham em sequência, como aconteceu com Beatriz, aos 14, aos 20 e aos 28, e Cristiane, aos 15 minutos. Aos 32, uma chinesa impediu o gol em cima da linha. Até que aos 35, em uma jogada quase de "pelada", a zagueira Mônica, com os pés fincados na grama, sem saltar, cabeceou fraco no canto. A bola passou por um monte de pernas e entrou.

A cabeçada de Mônica foi a quarta seguida. Na disputa da bola dentro da área, duas brasileiras e uma chinesa cabecearam para o alto. No tumulto, veio o gol, que surpreendeu torcedores e até as jogadoras, tal o aglomerado de gente dentro da área.

O Engenhão teve uma tarde festiva e muito barulhenta. O sistema de som do estádio transmitia músicas, mensagens, brincadeiras e tudo o mais que produzisse som alto. Era quase impossível ouvir o que a pessoa sentada ao lado falava.

No segundo tempo, a pressão continuou. O Brasil desperdiçou bons ataques no início. Criou chances, mas finalizava mal ou, pior, o último passe era ruim. Até que aos 12 minutos a craque Marta fez jogada de linha de fundo pela direita e rolou para a avante Andressa Alves, do Barcelona, que marcou de primeira.

Aos 33 minutos, Vadão substituiu Marta por Debinha. A craque saiu ovacionada pelo público. A seleção ainda conseguiu perder mais gols até o final. Quando o jogo ia para o final, Cristiane acertou cabeçada em cobrança de falta pela esquerda. Mesmo derrotada, a China permaneceu na defesa. Poucas vezes foi à frente. E a torcida foi até o fim gritando "olé".

A seleção feminina busca no Rio a inédita medalha de ouro. Depois de bater na trave, com a prata em Atenas-2004 e Pequim-2008, o time nacional caiu nas quartas de final em Londres-2012.

Nesta busca, o time de Vadão somou seus primeiros três pontos no Grupo E. Divide a liderança da chave com a Suécia, que mais cedo venceu a África do Sul por 1 a 0. Brasileiras e suecas vão se enfrentar neste sábado, novamente no Engenhão, às 22 horas.

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 BRASIL 3 x 0 CHINA

Brasil - Bárbara; Fabiana (Poliana), Rafaelle, Mônica e Tamires; Thaísa (Andressinha), Formiga e Marta (Débora); Andressa Alves, Cristiane e Bia. Técnico: Osvaldo Alvarez (Vadão).

China- Zhao Lina; Li Dongna, Wang Shanshan (Ma Xiaoxu), Liu Shanshan e Wu Haiyan; Zhao Rong, Tan Ruyin, Pang Fengyue, Zhang Rui e Wang Shuang (Gu Yasha); Yang Li. Técnico: Bruno Bini.

Gols - Mônica, aos 34 minutos do primeiro tempo; Andressa Alves, aos 13, e Cristiane, aos 44 minutos do segundo tempo.

Cartão Amarelo - Wu Haiyan (China).

Árbitra - Carol Anne Chenard (Fifa/Canadá).

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio Olímpico (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ).

  

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