A segunda colocação no Campeonato Brasileiro, a classificação direta para a fase de grupos da Copa Libertadores e os R$ 2 milhões extras referentes à premiação paga pela CBF. As principais motivações para o Atlético na partida contra o São Paulo, amanhã, são de ordem coletiva. Entretanto, o atacante Lucas Pratto calçará as chuteiras tendo também combustíveis individuais para brilhar no Morumbi.
O argentino pretende balançar as redes pelo menos mais três vezes até a última rodada e, assim, terminar o ano com 25 gols marcados. Ele admite a dificuldade do desafio, mas tem bons motivos para se animar diante do Tricolor.
Afinal, o time do interino Milton Cruz pode se tornar a maior vítima do Urso. Foi contra os paulistas, no primeiro turno do campeonato, que o camisa 9 anotou o primeiro e único hat-trick da carreira (três gols no mesmo jogo).
“Gostaria de chegar a 25, mas está difícil (risos). Faltam quatro jogos para completar o ano, e espero fazer mais um ou dois gols para ajudar o time a ficar na segunda posição. Seria uma boa marca para fechar bem a temporada”, afirmou o centroavante de 27 anos.
“Será um jogo diferente do que foi no Mineirão. Eles já tem a experiência de ter tomado três gols em pouco tempo. Eles vão tomar mais cuidado. Mas temos que ganhar, para ficar mais próximos do Corinthians e nos manter na segunda posição”, disse.
Mesmo longe da disputa pela artilharia do campeonato, Pratto conseguiu números não alcançados no Atlético desde 2011. Com 22 gols, o argentino já supera os antecessores Magno Alves (18), Bernard (12), Jô (19) e Diego Tardelli (19), goleadores máximos das últimas temporadas da equipe alvinegra.
Além disso, Pratto está próximo do 100º gol na carreira. Segundo as contas do próprio staff, ele tem 98 gols como profissional.
Autocrítica
Apesar de contar vantagem nas estatísticas, o artilheiro atleticano passa por uma fase ruim. Já sãouatro rodadas seguidas sem urrar na típica comemoração. O último gol do camisa 9 foi anotado contra o Internacional, de pênalti, na vitória do Galo por 2 a 1.
“Minha qualidade no ataque diminuiu. Mas isso não me preocupa tanto, uma vez que a quantidade de gols da equipe no ano é muito boa. Não sou de me preocupar com jejum de gols. Me cobro quando perco oportunidades”, amenizou o centroavante.