“Vocês vão ver o América no ano que vem”. Esta frase marcou o ex-presidente do Coelho Paulo Afonso, nos anos 70. Ele a repetia a cada fim de temporada para confortar a torcida americana por mais um ano de decepções, prometendo projetos que colocariam o clube na elite do futebol nacional.
O discurso foi adotado por outros dirigentes que o sucederam, e retorna agora com o presidente Marcos Salum, que publicou um artigo no site oficial do clube vislumbrando o surgimento de um “novo América”.
“Não vamos virar o jogo a curto prazo. O salto definitivo exigirá mais alguns anos de trabalho”, promete Salum, em meio a um momento conturbado com a torcida, que exige sua saída e uma renovação na direção do Coelho.
O dirigente promete ainda mais investimentos no CT Lanna Drummond, que incluem a construção de um hotel, reforma dos gramados e a ampliação do departamento médico e de fisioterapia.
O foco em estrutura no América é antigo. Foi assim que se tornou o clube de maior patrimônio do futebol mineiro, com três centros de treinamento, sendo dois para a base, um clube social, um terreno na Avenida dos Andradas e o Estádio Independência.
Mudança
Quarta-feira (20), a diretoria do América anunciou a contratação do ex-goleiro Fabiano, campeão mineiro pelo clube em 2001, como novo gerente de futebol. Ele assume a vaga de Jair Albano Félix, que será coordenador geral.
Em campo, o Coelho apostou até agora em atletas pouco conhecidos, e amarga uma campanha de apenas um ponto nas duas primeiras rodadas do Estadual.