Juntos, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro somam quatro medalhas olímpicas. Em recuperação de lesões, os judocas brasileiros miram os Jogos do Rio de Janeiro-2016 e preparam seus respectivos retornos às competições apenas para a temporada de 2014.
Camilo sofreu uma lesão ligamentar no ombro direito no último mês de maio. Ele fez tratamento intensivo pensando em disputar o Mundial do Rio de Janeiro, em agosto, mas teve uma luxação no mesmo local durante um treinamento cerca de uma semana antes do torneio e acabou vetado.
"É claro que fiquei triste. Disputar um Mundial dentro do seu país é sempre uma motivação extra, ainda mais porque fui campeão da edição de 2007, também realizada no Rio de Janeiro. Mas nosso esporte é assim mesmo e às vezes acontecem lesões em momentos inesperados", lamentou.
Aos 31 anos, Tiago Camilo, prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008, ainda precisa passar por uma cirurgia no ombro direito. Desta forma, competirá novamente apenas em 2014. "Quero me recuperar e voltar aos treinamentos o quanto antes", disse o judoca.
Leandro Guilheiro, por sua vez, sofreu um rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito e foi operado em março. Assim como seu companheiro de Seleção Brasileira, o judoca, bronze em Atenas-2004 e Pequim-2008, perdeu o Mundial disputado recentemente no Rio de Janeiro."Como não teria tempo de me recuperar antes da competição, optamos por fazer um programa mais conservador para que eu possa voltar bem e sem qualquer risco. Além disso, tenho que voltar treinado. Não basta apenas se recuperar da lesão", disse Guilheiro, 30 anos.
Alem de medalhistas olímpicos, os brasileiros também subiram ao pódio em Mundiais - Camilo ganhou o ouro no Rio de Janeiro-2007, enquanto Guilheiro foi prata em Tóquio-2010 e bronze em Paris-2011. Na última edição do evento, apenas Rafael Silva acabou premiado, enquanto a equipe feminina ganhou seis condecorações.
"Tradicionalmente, o judô masculino brasileiro é muito forte e sempre pode se sair melhor. Mas são coisas da competição e o Mundial é extremamente difícil. As meninas estão crescendo com essa geração que é bem jovem e vem conquistando resultados há muito tempo", elogiou Guilheiro.