Emprestados por Atlético e Cruzeiro à Chape, Dodô e Fabrício falam de “inesquecível” 2017

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
28/11/2017 às 18:26.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:56
 (Cleber Yamaguchi/Agif;Francis melo Assessoria/Divulgação)

(Cleber Yamaguchi/Agif;Francis melo Assessoria/Divulgação)

Uma experiência a ser guardada na memória para o resto da vida. É desta forma que o zagueiro Fabrício Bruno e o meia Dodô, emprestados por Cruzeiro e Atlético, respectivamente, à Chapecoense, definem a temporada no clube que se reergueu das cinzas após o trágico acidente aéreo na Colômbia, que completa um ano nesta quarta (29).

Presente em 38 jogos do alviverde, e com um gol anotado, o enviado pela Raposa se impressionou com a recepção dada ao time a cada embarque e desembarque, e sentiu na pele a importância da missão recebida aos 21 anos.

“No começo, todos tinham medo (de viajar de avião), mas depois fomos nos soltando, pois faz parte da nossa rotina. Em aeroportos sempre éramos consolados e aplaudidos; isso ajudou muito na reconstrução”, conta Fabrício.

Com vínculo até dezembro de 2019 com a Raposa, o zagueiro, nascido em Contagem, ainda não sabe se retornará ao clube celeste na próxima temporada. Enquanto não tem esta resposta, ele curte o que podem ser os últimos dias em Chapecó. “O que mais me marcou foi a forma que o clube me acolheu, apesar de tudo que aconteceu, fomos abraçados. A cidade então nem se fala! O carinho do torcedor foi surreal”, comemora.

Já para Dodô, escolhido pelo Atlético para reforçar o time catarinense, a união dos atletas foi a chave de sucesso na temporada. Encarar os momentos ruins e os bons com a mesma tranquilidade, segundo ele, é o que tornou a equipe forte.

“A gente fez de tudo para dar continuidade ao que eles (jogadores que morreram no acidente) vinham fazendo. Era um grupo muito bom. Jogamos por eles sempre. Amadureci bastante com tudo que aconteceu aqui na Chapecoense”, conta o meia ao Hoje em Dia.

Apesar de ter realizado apenas 16 partidas na temporada, o meio-campista, de 23 anos, esteve presente nos principais momentos. Viajar à Colômbia, repetindo o trajeto não completado pelos “guerreiros” em 2016, foi para ele o momento mais marcante. 

“O carinho dos colombianos foi bastante especial. Fizeram uma linda recepção”, conta Dodô. Na ocasião, a Chapecoense enfrentou o Atlético Nacional pela Recopa Sul-Americana e recebeu homenagem do clube e dos torcedores que lotaram o estádio Atanásio Girardot, em Medellín. 

Apesar dos 4 a 1 para os donos da casa, o que ficou na memória foi a demonstração de respeito e carinho dada pelos eternos “hermanos”.

Viagem à Europa

Outro momento marcante na caminhada da Chape em 2017 foi a viagem ao Velho Continente. Encarar Barcelona, no Camp Nou, e Roma, no Estádio Olímpico, mexeu com a cabeça dos enviados mineiros.

“Os clubes foram muitos solidários e nos receberam de braços abertos. A bênção do Papa Francisco (no Vaticano) foi uma experiência única para mim”, relata Dodô. 

“Sempre sonhamos em estar lá (na Europa), mas nunca passou pela minha cabeça ser da forma que foi. Ver o Papa foi um momento único na minha vida, o qual vou levar pra sempre”, acrescenta Fabrício Bruno.

Com 51 pontos conquistados na Série A, o ano do time alviverde pode ser encerrado com chave de outro no próximo domingo. Vencendo o Coritiba na Arena Condá e torcendo pelo tropeço de adversários direitos, entre eles o Galo, a Chape pode conquistar vaga para a Libertadores.

“Graças a Deus conseguimos alcançar aquilo que tínhamos como metas e depois de confirmar a permanecia na série A, foi bonito ver a torcida Alegre”, finaliza o enviado celeste.

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