Um dos executivos indiciados pela Justiça norte-americana no escândalo da Fifa, o empresário argentino Alejandro Burzaco foi extraditado da Itália para os Estados Unidos e deve se apresentar a um tribunal de Nova York, nesta sexta-feira.
Burzaco era um dos 14 indiciados pelo Departamento de Justiça dos EUA, entre cartolas da Fifa e executivos, no fim de maio. Na ocasião, sete dirigentes da entidade máxima do futebol mundial foram detidos em Zurique, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
O empresário argentino, de 50 anos, é acusado de pagar milhões de dólares em propinas a dirigentes da Fifa e da Conmebol para obter os direitos de transmissão de competições organizadas por estas entidades. Entre estes torneios estão quatro edições da Copa América. Burzaco era presidente da empresa Torneos y Competências.
Procurado pelo FBI e pela Interpol, ele era considerado foragido desde que seu indiciamento veio a público no dia 27 de maio. Em Zurique, às vésperas da eleição presidencial da Fifa, ele tomava seu café da manhã no hotel Baur au Lac quando a operação policial teve início. Ao se dar conta de que se tratava de uma ação contra a Fifa, deixou o local sem ser notado, não retornou ao seu quarto e conseguiu sair da Suíça.
Na Itália, ele só se entregou às autoridades no dia 9 de junho, aconselhado por seus advogados para que tentasse negociar um acordo de delação premiada. Nesta sexta-feira, autoridades norte-americanas revelaram que o argentino se apresentará a um tribunal federal no Brooklyn, em Nova York. Os advogados do empresário, nos EUA, não comentaram a audiência que deverá ser realizada nesta sexta.
Burzado é o terceiro indiciado no escândalo da Fifa a se apresentar à Justiça americana. Antes dele, o ex-vice-presidente da entidade, Jeffrey Webb, foi extraditado pela Suíça. E o executivo americano Aaron Davidson, presidente da unidade dos EUA da Traffic, se apresentaram às autoridades.
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