Esporte em Pauta de meio da semana repercutindo o desempenho mineiro neste Campeonato Brasileiro. Desta vez, temos boas novas para a torcida do Cruzeiro, que passou as últimas sete rodadas lendo notícias negativas sobre o seu time, que viveu um jejum de vitórias neste período. Contudo, nem todos os mineiros podem comemorar. O Galo, mais uma vez, sofreu atuando longe do Independência e perdeu para um Internacional cheio de desfalques. Vale ressaltar que os pilares alvinegros também estavam ausentes: Réver, Ronaldinho e Victor por suspensão; Pierre por contusão.

Cruzeiro respira aliviado

Botafogo, Sport, Figueirense, Vasco, São Paulo, Internacional e Grêmio. Sete partidas que os cruzeirenses não puderam comemorar ao final. Em algumas ocasiões, o futebol apresentado era até razoável, mas o time pecava em detalhes bobos e não conseguia garantir o triunfo. Tudo mudou diante da Lusa. Jogando em Varginha, a Raposa conseguiu imprimir o seu jogo, ser mais incisiva que a Portuguesa e por isso saiu vitoriosa.

Montillo voltou a ser decisivo, fato que tem sido raro este ano, até mesmo pela falta de coadjuvantes no time - lembre-se sempre que "uma andorinha só não faz verão". Martinuccio apareceu como boa alternativa para as jogadas de velocidade e pode ser o cara que vai dar mais liberdade para Montillo. Vamos esperar para avaliar as próximas atuações do outro gringo.

No entanto, há que se ressaltar a quantidade de amarelos que os cruzeirenses recebem. O time é indisciplinado, comete muitas faltas e, depois, reclama da falta de entrosamento e dificuldade de colocar uma mesma equipe dois jogos seguidos. Com a quantidade de atletas suspensos que têm, fica difícil, realmente, de dar um padrão de jogo ao time e que todos entendam a linguagem tática que tenta ser adotada. Ponto que poderia ser melhorado pelos celestes.

Um gatinho fora de casa

Quando analiso a campanha do Galo nos últimos jogos só consigo me lembrar da famosa frase de Zezé Perrella para criticar a atuação da Raposa nos jogos longe de Minas Gerais: "Um leão dentro de casa e um gatinho fora". O presidente do Cruzeiro não sabia, mas, neste ano, o Atlético pode ser o protagonista deste bordão.

O Alvinegro não venceu nenhum dos oito últimos jogos longe do Independência, sendo cinco empates e três derrotas, sendo contabilizado o empate com o Cruzeiro, 2 a 2, que apenas torcedores celestes estavam no estádio. A última vitória como visitante ocorreu no dia 21 de julho, quando superou, 4 a 1, o Sport, na Ilha do Retiro. Em casa, contudo, tem o melhor desempenho neste Brasileirão

Ou seja, os problemas do Atlético, conforme os números demonstram, estão bem além de apenas a suspensão de Ronaldinho Gaúcho. Concordo que o time perdeu tecnicamente sem o craque, mas o desempenho longe de casa já estava sendo inconstante, mesmo com o atleta em campo. Aos alvinegros, recomendo que a preocupação se limite às quatro linhas, pois dentro delas tem algumas coisinhas a serem resolvidas.

Rapidinhas:

* Ficou difícil tirar o título do Fluminense. O time de Abel Braga é constante durante toda a competição e ganha até quando joga um futebol ruim, fator importante para os times que sonham com o título.

* Nesta quinta tem a seleção brasileira e a esperança do time é... Kaká. Voltamos ao ano de 2005?

* Dois livros que li recentemente, escritos por europeus, relatam a busca dos times do "velho mundo" por dinheiro fora do país, sobretudo em um mundo globalizado. Solução que poderia ser interessante para os brasileiros (afinal, associar Brasil e futebol é uma mina de dinheiro, não é, CBF?), pena que o nosso calendário não permita isso...

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