Esporte em pauta: Festa de primeira com palco de segunda

Álvaro Castro – Do Portal HD
04/02/2013 às 07:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:40
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

Após quase dois anos de saudade, a torcida, os clubes e a crônica puderam, finalmente, reencontrar o Mineirão. Dentro de campo, um jogaço, digno da história gloriosa dos clássicos entre Cruzeiro e Atlético. Fora de campo, um cenário lastimável, vergonhoso e que ainda dará munição para longos, importantes e acalorados debates.

Desorganização ofusca o jogo

Se dentro do futebol o foco é sempre o jogo, dessa vez a coisa se inverteu. O resultado, os jogadores, os gols foram deixados de lado para dar lugar ao que se viu e, principalmente, ao que não se viu no Novo Mineirão. Logo de saída, muita desorganização que marcou o final de semana como um todo, com um verdadeiro caos instalado na venda de ingressos.

A chegada ao estádio, mais problemas. Os portões e o estacionamento não foram abertos no horário combinado e os pedidos para que os torcedores chegassem cedo, evitando assim os congestionamentos, transformaram o difícil trajeto em calvário. Ao chegar no remodelado, moderno e belo estádio, decepção e revolta. Com o fim das clássicas barraquinhas, os torcedores ficaram entregues ao nada, já que não havia onde e muito menos o que comer e beber enquanto não eram liberados para a festa.

Após a entrada, mais decepção. Se a promessa era de bares e áreas de alimentação de primeiro nível, com o retorno do clássico tropeirão, o que se viu foi caos e abandono. Bares fechados, torcedores indignados, falta de informação e até mesmo água. Isso mesmo, faltou água para que as quase 60 mil pessoas pudessem se hidratar diante do forte calor de mais de 30ºC que assolou a cidade.
 
Palco do futebol Mineiro acabou sendo a casa do Cruzeiro no domingão (Foto: Marcelo Prates)

Dentro de campo, tudo certo

Se fora do campo tudo foi um caos, dentro dele o que se viu foi um verdadeiro clássico. Times reforçados, bem montados trazendo a qualidade esperada para um jogo que custou, para alguns, R$ 200. O Atlético veio com a base do time vice-campeão brasileiro, com todos os seus selecionáveis e todo o favoritismo. O Cruzeiro? Uma verdadeira incógnita. Diversos jogadores novos e um treinador que chegou cercado de desconfiança.

O resultado dessa combinação foi um Cruzeiro aguerrido e rápido contra um Atlético cheio de soberba. O time azul abriu o placar e seguiu com força durante todo o jogo. Já o Galo dava a impressão de que ganharia "quando quisesse". O resultado final traduziu bem a realidade do jogo e, se não fossem a trave e o goleiro Victor, o Cruzeiro poderia ter saído com uma goleada.
 


Experiente Fabrício Carvalho abriu o placar para o Ganso (Foto: Willian Tardelli/Ascom Araxá Esporte)

Ganso dá o charme do interior na rodada

Com o começo do Campeonato Mineiro, fica a expectativa de quem será o time do interior a medir forças com os grandes da capital. Logo na estreia, o Araxá, que volta à elite após décadas de ostracismo, mostrou o bico e engoliu o América. O Ganso mostrou um time rápido, consciente taticamente contra um América que corre o risco de repetir os erros do passado. Um time lento, desorganizado em campo e com pouca força de criação. O meia Rodriguinho segue sendo o comandante solitário da companhia, que conta com o sempre mortal Fábio Jr., infelizmente muito isolado na frente

Rapidinhas

- Baltimore Ravens bateu o 49ers e ficou com o título do Super Bowl, que teve um erro lamentável em um evento que preza tanto pela perfeição. Faltou luz no segundo tempo da partida e o jogo ficou parado por 34 minutos.

- Pato bateu asas e foi mais um a estrear com gol, marcando o quinto do Corinthians na goleada sobre o Oeste.

- Vovô garoto, Seedorf marcou os três gols do Botafogo na vitória sobre o Macaé de virada.

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