Esquecido pela seleção, Serginho chega ao topo com três prêmios de melhor do Mundial

Felippe Drummond Neto – Hoje em Dia
04/11/2015 às 06:57.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:19
 (LUCAS PRATES – 31/10/2015)

(LUCAS PRATES – 31/10/2015)

Mesmo com dois títulos de campeão mundial de clubes e eleito o melhor líbero do Mundial por três vezes, Serginho, do Sada/Cruzeiro, não teve oportunidades de se firmar na seleção brasileira. E o fato de ter construído uma carreira vitoriosa sem precisar vestir a amarelinha deixa-no em uma posição confortável para falar a respeito.

“A seleção é tida como padrão de excelência apenas para os leigos. Infelizmente, não tem espaço para todos. Em três mundiais fui o melhor na minha posição disputando contra líberos que jogaram Olimpíada, Copa do Mundo e Liga Mundial pela seleção de seus países. Os números não mentem”, desabafa o jogador.

Dias após ter sido eleito pela terceira vez o melhor líbero do mundo, repetindo o feito dos torneios de 2012, em Doha, e 2013, também em Betim, o jogador dor faz questão de dividir os ‘louros’:

“A realização pessoal é grande demais. Mas só dá certo quando a coisa flui naturalmente. Quando a gente joga pelo coletivo, indiretamente vem o título individual.”

Serginho destaca a sinergia da carreira dele com a trajetória do clube.

“Quando eu cheguei aqui no Cruzeiro, era um projeto que estava em crescimento e que apostou em mim. E isso é um casamento, a gente vem remando ao longo dos anos. Eu nunca imaginei que isso aconteceria, nem uma vez, quem dirá três vezes”, comemora o jogador.

Não bastasse tudo isso, o jogador pode ser considerado pé quente, já que desde 2010, ano que foi contratado pela equipe, o Cruzeiro só não chegou à final de uma competição em duas oportunidades, ambas na última temporada – tendo perdido nas semifinais da Copa Brasil de vôlei e do Mundial de Clubes.

Nesse período, o time disputou 23 campeonatos – com 21 finais e 17 títulos.

E quem pensa que, aos 37 anos, Serginho está satisfeito com as conquistas e já planeja aposentar-se, engana-se. O atleta ainda espera jogar por mais tempo. “Não posso negar que tenho um supercurrículo. Até 67 anos eu penso se isso basta para me aposentar feliz”, diverte-se.

Próximos desafios

O Cruzeiro já sabe quais são os próximos desafios. Como este ano a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) criou a Supercopa de Vôlei, que colocará frente a frente o campeão da Superliga e o campeão da Copa Brasil da última temporada, o Cruzeiro vai encarar nesta sexta-feira o Funvic/Taubaté, às 18h30, em Itapetininga-SP.

Já na Superliga, os cruzeirenses estreiam na próxima quarta-feira, dia 11, às 18h30, contra o Lebes/Gedore/Canoas (RS), no Ginásio do Riacho, em Contagem.
 

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