Estadual chega à 103ª edição, novamente com amplo favoritismo dos clubes da capital

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
Publicado em 26/01/2017 às 21:09.Atualizado em 15/11/2021 às 22:35.

Valorizado por uns, desdenhado pelos outros. Entre avanços e problemas ainda a serem resolvidos, o tradicional Campeonato Mineiro chega à sua 103ª edição em 2017, mais uma vez marcado pela disparidade entre os gigantes da capital e os pequenos do interior.

A disputa começa neste sábado (28), às 17h, com o mesmo sistema dos últimos anos, elogiado por outras federações e pela própria CBF devido ao maior dinamismo (veja a tabela e o regulamento abaixo).

Por outro lado, a Federação Mineira de Futebol não oferece prêmio em dinheiro, apesar do patrocínio do grupo financeiro Sicoob neste ano – os clubes arrecadam apenas as cotas de transmissão da TV. O campeão paulista, por exemplo, ganhará R$ 5 milhões.

Um dos desafios da entidade é manter o torneio atrativo, especialmente com a “concorrência” da Copa Libertadores e da Primeira Liga neste primeiro semestre. No ano passado, a média de público foi de 5.401 torcedores pagantes por partida no Estadual.

Estreantes

Enquanto detratores tratam o Mineiro como “campeonato rural”, resultados recentes comprovam que o Estadual têm, sim, importância para os clubes grandes. Basta lembrar que, no ano passado, Deivid não resistiu no cargo de treinador após a eliminação celeste na semifinal, e Diego Aguirre caiu pouco após o revés alvinegro na decisão.

Neste ano, os três clubes da capital têm em comum o fato de serem comandados por estreantes no Campeonato Mineiro. O americano Enderson Moreira tem no currículo três títulos estaduais pelo Goiás (2012, 2013 e 2016). É o mesmo número de taças do cruzeirense Mano Menezes, com dois Gaúchos pelo Grêmio (2006 e 2007) e um Paulista pelo Corinthians (2009).

Já o atleticano Roger Machado ainda busca o primeiro troféu da recente carreira como treinador. O Galo é o maior campeão estadual, com 43 conquistas. A Raposa aparece logo atrás, com 37, seguida pelo Coelho, com 16.

Os novatos

Com pelo menos uma vaga na semifinal a ser preenchida por equipes do interior, as novidades da atual edição são o Democrata de Governador Valadares e o América de Teófilo Otoni, campeão e vice do Módulo II da última temporada, respectivamente. Campeão da Série C, o Boa Esporte não está na disputa, assim como o Guarani de Divinóplis, ambos rebaixados no ano passado.

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