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"Eu cheguei a perder patrocínios justamente pelas pessoas não acreditarem que eu seria capaz"

Gláucio Castro - Hoje em Dia
Publicado em 25/01/2016 às 08:08.Atualizado em 16/11/2021 às 01:09.

As pessoas ainda estranham ao se depararem com uma mulher na presidência de um clube de futebol?

Algumas pessoas, sim. Foi desafiador no início e ainda é até hoje. No começo eu sofri muito preconceito, inclusive dentro do clube. Hoje as pessoas me respeitam. Eu cheguei a perder patrocínios justamente pelas pessoas não acreditarem que eu seria capaz. Mas, graças a muito trabalho, eu superei isso e alcancei bons resultados como colocar o time na Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez.

Este preconceito veio também de outros dirigentes, entidades ligadas ao futebol e jogadores?

De forma alguma. Muitos jogadores já me conheciam porque sou nutricionista do clube há dez anos. Sempre me respeitaram muito. Os dirigentes também sempre foram muito cordiais comigo em todas as reuniões. Digo o mesmo dos integrantes da Federação Mineira de Futebol e da CBF. Sempre fui muito bem tratada nestes dois locais.

Você vai ao vestiário para dar bronca nos jogadores?

Nunca precisei fazer isso. Eu tenho uma equipe de profissionais muito competentes que trabalham comigo. Deixo isso por conta deles, mas se for preciso eu vou lá e dou bronca sem problemas.

Algumas pessoas costumam dizer que mulher não entende de futebol. Você palpita nas contratações?

Não me meto nas contratações, não indico jogadores. Isso fica a cargo do Cloves Santos, que é responsável pelo nosso departamento de futebol e pela nossa comissão técnica. É muita responsabilidade. Prefiro deixar esta área nas mãos destes profissionais, mas participo de tudo.

Ser presidente de um clube de futebol toma muito tempo. Sua família sempre apoiou você?

Sim. Todos me apoiam bastante e me ajudam. Tenho um filho que é advogado e trabalha diretamente comigo no Tupi. Meu marido é médico, gosta muito de futebol e está sempre do meu lado também.

Quando não está a serviço do Tupi, o que gosta de fazer? Dá tempo para cuidar da vaidade?

Não sou muito vaidosa. Arrumo o cabelo e faço as unhas. Realmente me sobra muito pouco tempo porque vou em todas as viagens quando o time joga. Mas eu gosto do que faço. Faço com paixão. Não tenho um hobby específico, gosto de estar em movimento sempre, de trabalhar.

Chegar à Série B melhorou muito o lado financeiro do Tupi?

Ainda estamos finalizando a captação de recursos para a temporada, os empresários estão tímidos por causa da crise. Acredito que muita gente vai apoiar o Tupi na Série B e também vamos melhorar as cotas de TV.

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