Euforia e tranquilidade dos alemães na despedida de BH

Gláucio Castro - Hoje em Dia
06/07/2015 às 07:58.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:47
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Ainda extasiados com o placar que surpreendeu os próprios alemães, jogadores e comissão técnica seguiram em clima de muita tranquilidade até o Aeroporto de Confins, onde pegaram o voo que os levou de volta ao luxuoso resort em Santa Cruz de Cabrália, próximo a Porto Seguro/BA. E bota tranquilidade nisso. Ainda no estádio, deu até para o atacante Tomaz Müller comer um prato de macarrão em pleno gramado, enquanto flashes disparavam a todo instante.

Mas bastou entrarem no Boeing 737, exclusivo da delegação, para a festa começar. Além de tradicionais músicas alemãs, eles arriscaram até alguns ritmos brasileiros. “O Lepo-Lepo era uma das favoritas. Eles aprenderam na Bahia e adoravam cantar”, revela o policial federal Rubem Kerber, responsável pela segurança dos alemães em solo brasileiro durante os 41 dias de estada no Brasil.

Pela convivência diária, ele acabou criando muita intimidade com jogadores e integrantes da comissão técnica. Bom de prosa e com alemão fluente, um dos pré-requisitos para a função, tornou-se praticamente um guru do grupo, ensinando até mesmo receitas caseiras para curar diarreias inesperadas entre um jogo e outro.

Presentes alemães

Se o 7 a 1 foram um presente de grego que Müller e companhia deixaram para o novo amigo, Kerber também ganhou várias recordações dos alemães, que ele guarda com carinho. “Foram camisas autografadas, relógios personalizados, dentre outros”, enumera o policial brasileiro e descendente de alemães, alvo de muitas brincadeiras dos jogadores por causa da goleada.

Durante o voo, que decolou de Confins por volta das 22h daquele 8 de julho, a alegria estava estampada no rosto dos normalmente contidos alemães. Jogadores e comissão técnica se sentaram na primeira metade da aeronave, mas logo todos se misturaram. “Podolski e Schweinsteiger iam fazer traquinagens lá no fundão. A brincadeira preferida deles era quando alguém ia no banheiro e eles tiravam os assentos da poltrona e camuflavam com alguma coisa para que na volta esse alguém sentasse no ferro. Se alguém inventasse de dormir era vítima certa”, conta o chefe da segurança dos alemães.

A delegação chegou a Santa Cruz de Cabrália já na madrugada da dia 9. Mesmo debaixo de chuva, alguns torcedores foram recepcionar a turma da Alemanha. Até mesmo fogos de artifício foram soltados para parabenizar o time que “adotou” a região, fazendo inclusive doações em dinheiro para entidades e moradores locais.

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