(Pedro Souza / Atlético)
O goleiro Everson foi um dos destaques da vitoriosa temporada do Atlético, que terminou com a conquista da inédita Tríplice Coroa.
Entretanto, até se consolidar na meta atleticana, liderando a defesa menos vazada do Campeonato Brasileiro, atuando em 37 dos 38 jogos do Alvinegro na disputa, o camisa 22 teve que superar um início conturbado.
Contratado em setembro do ano passado, a pedido do então técnico Jorge Sampaoli, Everson foi criticado no início da sua passagem pelo Galo por parte da torcida, que queria ver Rafael entre os onze iniciais.
A instabilidade do sistema defensivo comando por Sampaoli também não favoreceu o goleiro, muitas vezes exposto em um esquema em que os adversários chegavam com facilidade ao gol alvinegro.
Entretanto, a chegada de Cuca, que o manteve como titular e a evolução da retaguarda atleticana, fizeram com que o arqueiro também subisse de produção, terminando o ano celebrado pela torcida e com os títulos do Campeonato Mineiro, do Brasileirão e da Copa do Brasil.
"Briguei para estar aqui"
Essa reviravolta foi comemorada por Everson, que lembrou o episódio em que teve eu superar um desgaste com o Santos, seu ex-clube, para conseguir se transferir para o Galo.
Na ocasião, em julho de 2020, o jogador chegou a acionar o Peixe na Justiça, tentando a rescisão do contranto, alegando atrasos salariais e de outras verbas trabalhistas.
No entanto, após menos de dois meses, depois de ter desistido da ação judicial, foi comprado pelo Atlético por cerca de R$6 milhões.
“Estou no lugar onde eu queria estar, em que eu briguei para estar aqui. Trabalhei muito para chegar neste clube e hoje posso dar alegria ao nosso torcedor. No começo fui questionado, mas hoje eles (torcedores) reconhecem o meu trabalho”, disse o goleiro, em Curitiba, após a vitória sobre o Athletico-PR, pela Copa do Brasil.
De bem com a torcida e com a sala de troféus mais recheada, Everson agora aproveita um período de férias. A reapresentação do elenco alvinegro está marcada para o dia 17 de janeiro.