O técnico Marcelo Oliveira chegou até a “torcer o nariz” para a sua contratação no Cruzeiro. Porém, ao estilo mineiro, comendo belas beiradas, o atacante Marquinhos, que é baiano, conquistou a confiança do chefe e se tornou peça importante no esquema do treinador, barrando peças como Dagoberto e Willian.
Neste domingo (19), às 18h30, no Barradão, em Salvador, pela 29ª rodada do Brasileirão, mais do que nunca o comandante da Raposa precisará do atacante dentro e fora de campo contra o Vitória. Marquinhos conhece como ninguém o adversário do time celeste.

Formado nas categorias de base da equipe baiana, ele defendeu o clube até o meio desta temporada, quando despertou o interesse da diretoria estrelada. Curiosamente, sua estreia com a camisa do Cruzeiro foi justamente contra o ex-clube, no encontro do primeiro turno. Agora, após três derrotas seguidas, o Cruzeiro vai precisar ainda mais dos conselhos de seu “espião” para retomar o caminho das vitórias. Marquinhos deve brigar por uma vaga no time com Willian. Como trunfo, ele espera vencer a concorrência com o conhecimento que tem sobre o adversário.
“Vivi minha infância quase toda ali. Vai ser um jogo muito difícil, sei como é jogar lá. Mas temos que fazer nosso jogo, preocupar com nossa equipe e errar o mínimo. Conheço o Ney Franco, ele gosta de jogar pra frente. Esperamos fazer um grande jogo”, diz o jogador, que faz aniversário neste domingo e espera ganhar de presente os três pontos.

Marquinhos foi um dos protagonistas da última vitória do Cruzeiro no Brasileirão, contra o Internacional, por 2 a 1, no Mineirão, no dia 4, quando marcou um dos gols.

O camisa 34 destaca a importância do jogo. Para ele, o Cruzeiro precisa voltar aos trilhos. “Está na hora de a gente parar de errar. O erro acontece, é normal, só não pode ser toda hora”, destaca.

Drama superado
Com apenas 24 anos, além do Vitória, Marquinhos já teve passagens por Palmeiras e Flamengo e chegou até a cogitar terminar a carreira devido a um drama familiar vivido em 2008. Seu irmão Edmundo morreu em um assalto. Na época, ele ganhou o apelido de “artilheiro triste”, pois não comemorava seus gols em homenagem ao irmão.
No fim de 2012, Marquinhos voltou a ter outra perda na família. Desta vez, foi seu irmão Geraldo, vítima de um acidente de carro próximo a Prado, cidade natal do atleta, a pouco mais de 800 quilômetros de Salvador, no extremo Sul baiano.
Antes de ser jogador profissional, Marquinhos foi um “péssimo” vendedor de geladinho, conhecido como chup-chup em Belo Horizonte e sacolé em outros lugares. Ele mentia para a mãe dizendo que ia vender, mas na verdade ia jogar bola com os amigos. Nesse tempo, o chup-chup descongelava e ele alegava não ter conseguido comercializar nada.   Sigilo sobre Dedé, e volta de Everton Ribeiro   O técnico Marcelo Oliveira manteve sigilo ao ser questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de deixar o zagueiro Dedé no banco contra o Vitória, neste domingo. O defensor vem sendo bastante criticado pela torcida devido às sucessivas falhas.
“Nós não temos problema nenhum em colocar e tirar jogadores. A gente já faz isso há um ano e nove meses. Tenho uma confiança muito grande no Dedé. Acho que tem acontecido falhas no sistema defensivo como um todo”, disse o técnico.
No treinamento dessa sexta-feira (17), na academia do hotel onde a delegação está hospedada, em Natal, a principal novidade foi a presença do meia Everton Ribeiro. O camisa 17 chegou no início da tarde. Ele desfalcou o time nos três últimos jogos, por estar servindo à Seleção Brasileira. Além de Everton, Marcelo terá o retorno de Mayke, Lucas Silva e Marcelo Moreno, poupados contra o ABC na última quarta-feira.

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