Os bons resultados apresentados com audiência e arrecadação na Copa do Mundo não só animaram a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL), mas também os organizadores da Olimpíada de 2016. Para o Comitê Rio, a esperança é de que a boa impressão deixada pelo Mundial se reflita nos patrocínios para os Jogos Olímpicos.
"Só falta vender 30% dos patrocínios. Estamos bem tranquilos quanto a isso e com um pouco mais de otimismo depois da Copa", revelou Mario Andrada, diretor de Comunicação do Comitê. "Vimos que o Mundial mudou o humor do País em relação aos grandes eventos. Temos até a véspera dos Jogos para fechar os patrocínios, mas quanto mais rápido resolvermos, melhor", considerou.
Em entrevista, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva, adotou um tom diferente e admitiu que os organizadores dos Jogos estavam com dificuldades para atrair patrocinadores.
As estimativas apontam para um déficit ainda de 30% entre o que era a meta de arrecadação e o que já foi obtido. "Realmente, antes da Copa, eles estavam com dificuldades", disse o general, em relação ao Comitê Rio 2016. "Eles têm a esperança de que, com o sucesso da Copa, os patrocinadores comecem a olhar para a Olimpíada", declarou.
Dinheiro público
Por enquanto, a União não aportou nem serviços e nem recursos. Mas ele admite que poderá gastar até R$ 2 bilhões em recursos públicos com o Jogos, uma conta que seria dividida ainda com Estado e município. "Mas vão ter de justificar o motivo", declarou. O general garante que não necessariamente os R$ 2 bilhões serão usados. "A Rio 2016 pode pensar em contar com isso, ou para aliviar ou honrar compromissos", explicou.
Segundo o Comitê Rio 2016, aproximadamente 40% das obras para a Olimpíada estão concluídas. A expectativa é de que todas estejam prontas a tempo de receber os eventos teste. Serão 48 no total, sendo que o primeiro será realizado em agosto, com o objetivo de avaliar as raias e a qualidade da água na Baía da Guanabara, local que receberá as provas de vela.