O meia argentino Federico Mancuello, 28, chega ao Cruzeiro com o aval do técnico Mano Menezes, que fez sinceros elogios ao estilo de jogo e à versatilidade do meio-campista. Ao primeiro sinal de contato dos dirigentes celestes com o intuito de contratá-lo no princípio deste ano o jogador não titubeou em aceitar a proposta.

Segundo o próprio Mancuello, alguns pontos foram primordiais para que o jogador aceitasse trocar o Flamengo pelo Cruzeiro. A fama que a Raposa conquistou ao longo das décadas no cenário sul-americano e até conselhos de um velho conhecido da torcida celeste pesaram para a escolha final do meio-campista.

"A tradição do Cruzeiro sempre é bem falada. Teve um companheiro de Independiente, o (Ernesto) Farías, que falava muito bem do Cruzeiro. Desde então comecei a olhar, a ver as coisas. Aí passaram muitos argentinos por aqui. Como gosto muito de futebol, vou me interessando. O Cruzeiro tem uma história boa. Espero ajudar a continuar escrevendo", comentou.

Com um português bem falado e um sotaque "menos carregado", Mancuello frisou sobre suas funções no Flamengo, e disse que pode também desempenhar no Cruzeiro.

"Cheguei a jogar como segundo volante, que é a posição onde jogava na Argentina. Mas posso fazer outras funções, sempre para ajudar o Cruzeiro", disse.

Sobre não ter sido titular no Flamengo, Mancuello relatou que a forte concorrência no grupo rubro-negro foi um dos motivos. Apesar disso, o argentino fez questão de agradecer ao clube que deu a ele oportunidade de entrar no futebol brasileiro. E ainda mostrou foco total agora no novo objetivo: o Cruzeiro.

"Tive a oportunidade de fazer três jogos seguidos como titular e fiz dois gols. Mas é um elenco muito bom, com grandes jogadores. Sou muito grato ao Flamengo, deixei amigos lá. Mas minha cabeça agora está voltada para o Cruzeiro. Não tive nenhuma dúvida em vir para cá. Na Argentina falam muito bem do Cruzeiro, da estrutura do clube e das coisas que o clube tem pela frente. Estou pensando no Cruzeiro", garantiu.

Encontro com outros gringos

A chegada de Mancuello ao Cruzeiro aumentará o número de gringos no clube: Ariel Cabral, Lucas Romero, Alexis Messidoro são compatriotas do meio-campista, que se sentirá em casa na Toca II.

"O Lucas Romero foi o primeiro que entrou em contato. ele comentou do clube. Um pouco eu já sabia, pois me interesso pelas coisas. Mas ele disse que a cidade era boa, tranquila e que iríamos brigar por tudo (...) A união foi o que mais me chamou a atenção no Cruzeiro. Todos ficam juntos depois de alguma atividade. Isso prova que, nos momentos difíceis, a força do grupo vai fazer a diferença", considerou.

Chegada tardia para a pré-temporada

Mancuello só desembarcou em Belo Horizonte no começo da semana, pois esticou o período de férias pois finalizou a temporada do ano passado apenas depois da final da Copa Sul-Americana, perdida pelo Flamengo justamente para o Independiente-ARG.

O jogador disse que manteve trabalhos de preparação física nas férias, mas precisará de mais tempo para ganhar condição de jogo.

"Fiz trabalhos com preparadores na argentina, mas não é a mesma coisa de treinar com o grupo. Agora será minha primeira atividade com o elenco. Não tenho problema com isso. Temos que estar preparados o mais rápido possível", comentou.

Como argentino que é, e por falar castelhano, Mancuello é mais uma arma do Cruzeiro para a Copa Libertadores da América.

"É um grande desafio. É a maior competição da América. A gente sabe da importância disso. Mas, como disse antes: com esse elenco, temos obrigação de brigar por mais títulos. Fazendo as coisas certas, temos a tranquilidade de fazer um grande ano", concluiu.

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