“Fechada com o Cruzeiro”, China Azul embala o tricampeonato

Wallace Graciano - Portal HD
13/11/2013 às 23:24.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:08

(André Brant/Hoje em Dia)

A cena é a segunda partida da final do Campeonato Mineiro. Quem via o torcedor do Cruzeiro cantando a plenos pulmões ao final do jogo não poderia  acreditar o Atlético, arquirrival da Raposa, faturara o título estadual momentos antes. Pois foi o que aconteceu. Além de apoiar o clube mesmo em um momento complicado, naquele dia, a torcida estrelada se uniu em movimento que ficou conhecido como #fechadocomoCruzeiro. De quebra, afirmavam que não seria uma derrota que abalaria o clube. E assim foi.

Já no Brasileirão, a Raposa passou a contar com um apoio massivo de seus torcedores. A cada jogo, mais gente ia ao Mineirão para ver a equipe que iniciava a caminhada rumo ao tricampeonato. Mesmo com o São Paulo fazendo promoções para espantar a chance da degola e o Flamengo enchendo a casa em Brasília, foi o Cruzeiro quem teve a maior média de público da peleja: 28.714 torcedores por jogo. E olha que nem foram inclusos os jogos contra a Ponte Preta e o Bahia, últimos da Raposa em seus domínios.

“Nós somos loucos, somos Cruzeiro”

E do que adiantaria ter uma torcida presente se ela não fosse vibrante? Durante a competição, um grito de guerra contagiou os jogadores a cada partida. Em uma dessas, contra o Atlético-PR, pela 21ª rodada, alguns atletas, como Nílton, entraram no clima dos torcedores e cantaram a canção que embalava a equipe: “dizem que somos loucos da cabeça/amamos o Cruzeiro é o que interessa/o mundo inteiro teme ‘La Bestia Negra/seremos campeões e não se esqueça/nós somos loucos/somos Cruzeiro”.

 Marcelo Oliveira foi outro que se levou pelo clima de euforia da torcida. Logo ele, que “pelo ofício” precisa ser contido, extravasou em alguns jogos, como contra o Botafogo, a primeira das “decisões”, quando comemorou com uma dança que virou hit na internet. Antes daquela partida, a torcida recebeu os atletas com sinalizadores e fumaça no hall de entrada do Mineirão. A atitude foi elogiada pelo treinador. “A torcida fez muito por nós. Teve essa recepção, carreata atrás do ônibus. Foi uma torcida que vibrou, empurrou, apoiou e ajudou muito", afirmou.

A cada jogo uma festa para a China Azul (Foto: Felippe Drummond Neto/Jornal Hoje em Dia)

Fidelidade

Além das arquibancadas, o torcedor do Cruzeiro mostrou sua força na adesão ao programa de fidelidade do clube. No início do ano, eram 17 mil associados. A projeção era de que esse número saltasse para 40 mil no final desta temporada. Mas a previsão foi quebrada antes mesmo. No início deste mês, o time estrelado já tinha 41 mil sócios. Gilvan de Pinho Tavares, presidente da Raposa, ressaltou a importância do torcedor que mantém o vínculo com o clube.

"A torcida sabe, perfeitamente, que só foi possível trazer tantos atletas de nível para o Cruzeiro por causa do aporte financeiro que significa esse programa do Sócio do Futebol. O dinheiro do sócio está sendo empregado em prol da aquisição de atletas de nível ", declarou.

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