Empolgado pela recepção calorosa em São Paulo, Roger Federer já projeta retornar ao Brasil para disputar torneios oficiais. O tenista suíço não citou datas ou eventos, mas deixou claro nesta quinta-feira (6) que poderia disputar o Brasil Open, caso a competição, de nível ATP 250, fosse disputada no fim do ano, e não em fevereiro, como costuma acontecer.
"Esta não será minha última visita ao Brasil. Estarei de volta em algum momento, com certeza", declarou Federer, que disputará até domingo uma série de jogos de exibição em São Paulo, começando já na noite desta quinta-feira, em sua primeira passagem pelo País.
"Adoraria disputar um torneio, mas é difícil vir para cá em fevereiro. Talvez [o Brasil Open] mude de data, para o fim do ano", comentou o recordista de títulos de Grand Slam, com 17 troféus conquistados. "Exibições são mais fáceis para mim porque são mais fáceis de planejar. Mas você nunca sabe como as coisas vão acontecer nos próximos anos."
Além de torcer por uma eventual mudança na data, Federer aprovou a ideia de ver o torneio brasileiro ser promovido na hierarquia das competições promovidas pela ATP. Há discussões sobre a possibilidade de o Brasil Open se tornar um ATP 500 nos próximos anos, o que poderia atrair tenistas mais bem colocados no ranking. "Seria legal se o Brasil tivesse mais torneios, grandes torneios, no futuro", opinou o suíço.
Sem chances de disputar a edição 2013 da competição brasileira, Federer explicou porque fez mudanças em seu calendário para o próximo ano. Aos 31 anos, o suíço decidiu abrir mão de alguns torneios importantes, como o Masters 1000 de Miami, para descansar mais e ter maior tempo para treinos.
"Foi uma decisão muito difícil de se tomar, porque eu disputo o torneio desde 1999. Mas eu precisava dar uma pausa no meu calendário. Necessitava de um período para descansar e treinar, então tive de retirar algum evento e acabei optando por Miami", justificou o número 2 do mundo - está atrás apenas do sérvio Novak Djokovic.
Ciente do seu desgaste físico, após 14 anos no circuito profissional, Federer admitiu que terá maior dificuldade para se manter na briga pelo topo do ranking em 2013. "Acredito que, no próximo ano, vencer campeonatos vai ser mais importante do que o ranking. Preciso treinar bastante para continuar no circuito nos anos seguintes. Vou focar em alguns torneios, com os de Grand Slam, porque não vou mais disputar 25 campeonatos por temporada. Estou vivendo um momento legal da minha carreira, na qual eu posso escolher onde vou jogar", afirmou.
O suíço disse ainda que voltar a figurar na primeira colocação do ranking não é uma obsessão. "Quando você perde a posição, você quer recuperá-la rapidamente, claro. Mas não há pânico. É um longo processo. Você tem de focar no longo prazo. Não pode ficar perseguindo isso. Vai acontecer naturalmente se você jogar bem e tomar boas decisões em sua vida: ser profissional, dormir bem, ter uma boa alimentação, uma vida saudável, treinar forte, organizar sua vida", explicou.