Felipão pede rivais fortes em amistosos da seleção

Almir Leite
30/11/2012 às 15:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:57

Jogar sempre que possível contra adversários fortes. Esse será o pedido do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, aos dirigentes da CBF no momento de programar amistosos para a equipe até a Copa de 2014. Para Felipão, enfrentar rivais de bom nível é fundamental na preparação para a busca do sexto título mundial, uma vez que o Brasil tem uma equipe jovem e que não passa pela experiência das Eliminatórias.

"Na medida do possível, vou colocar para as pessoas responsáveis pelos amistosos da seleção que, se puderem, a marcação de jogos contra adversários bem fortes será importante", disse Felipão, nesta sexta-feira, em São Paulo.

Ele se refere ao fato de os direitos sobre os amistosos da seleção brasileira serem da empresa saudita ISL que repassou a organização desses jogos para a empresa inglesa de marketing esportivo Pitch International.

Para 2013, o Brasil já tem marcado amistoso contra a Inglaterra, em fevereiro, em Londres, e contra a França, em junho, em Belo Horizonte. E sabe que vai enfrentar a Itália na Copa das Confederações. Poderá também jogar com a Inglaterra no Maracanã, em junho.

Sobre a maneira como a seleção vai jogar sobre seu comando, o treinador disse que prefere atuar com um jogador de referência na área, ou seja, um centroavante fixo, e um outro com maior mobilidade.

Felipão foi questionado sobre o fato de o ex-técnico do Barcelona, Josep Guardiola, já ter dito que prefere jogar como o futebol brasileiro dos bons tempos - e que o Brasil, hoje, perdeu suas características históricas - ele foi objetivo: "Se tivermos Iniesta, Messi e outros jogadores do Barcelona, aí podemos jogar como o Barcelona. O que eu acho importante é montar uma equipe que jogue bom futebol, de acordo com aquilo que é mais ou menos o ideal do torcedor, mas dentro das características dos nossos atletas."

Ao ser perguntado sobre a opinião de Ronaldo sobre o futebol brasileiro - o Fenômeno disse que o Brasil atravessa seu pior momento - Felipão respondeu e aproveitou para falar mais uma vez do episódio da quinta-feira, por ter sido criticado e advertido pelos bancários, por ter dito que jogador que não suporta pressão tem de trabalhar no Banco do Brasil.

"Precisa perguntar para o Ronaldo a qual momento ele se refere. Se ao momento de chutar a bola, de sentar na mesa para almoçar", disse, para emendar. "Às vezes eu faço uma colocação, mas não é para agredir ninguém. Já falei com o presidente do Banco do Brasil e pedi desculpas. Fiz ver a ele que era uma situação simples. Peço desculpas se eu ofendi alguém, mas não ofendi."

Felipão disse que trabalha com o BB há 30 anos e que utiliza o banco para fazer suas remessas de dinheiro. "Eu sei com quem trabalho, e só trabalho com gente boa."
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