Felipe Anderson festeja momento no West Ham e espera chance na seleção brasileira

Estadão Conteúdo
05/12/2018 às 08:40.
Atualizado em 28/10/2021 às 04:05

(Reprodução / Facebook / WHU)

Chegar em uma nova liga e com a pressão extra de ser o jogador mais caro da história do clube. Felipe Anderson precisou de apenas alguns jogos para afastar qualquer dúvida sobre a sua contratação pelo West Ham, que girou em torno de 42 milhões de euros (R$ 182,5 milhões na época), para se consolidar como um dos principais jogadores do Campeonato Inglês. O meia conta sobre a adaptação na liga mais forte da Europa e sobre o desejo de defender a seleção brasileira.

Apesar do começo irregular do West Ham sob o comando do chileno Manuel Pellegrini, o brasileiro assumiu naturalmente um papel de liderança no time, já marcou cinco gols e deu uma assistência em 15 jogos. "Chegar da maneira que eu cheguei aumenta a responsabilidade, a expectativa de todos, mas ao mesmo tempo te dá confiança e moral para jogar e mostrar o seu valor. É dessa maneira que eu estou encarando".

Campeão da Copa Libertadores de 2011 e da Recopa Sul-Americana com o Santos, em 2012, quando tinha apenas 19 anos, Felipe Anderson destaca a evolução em seu jogo depois de passar cinco temporadas no futebol italiano defendendo a Lazio. "Jogar na Itália me ajudou muito a crescer taticamente. A função que eu realizava na Lazio exigia muito comprometimento nesse sentido, de ajuda na marcação, de posicionamento. Eu evoluí bastante, o que foi natural, já que saí do Santos muito novo", explicou.

Além das questões táticas e físicas da mudança de liga, outro ponto destacado pelo brasiliense, nascido em Santa Maria, é o alto nível das equipes consideradas "mais fracas" na Inglaterra. "Aqui o jogo é mais encaixado taticamente e mais físico também. Mas o complicado mesmo é que não tem partida fácil. O nível de competitividade é muito alto, por isso é uma sensação muito boa quando você consegue se destacar. É a liga mais forte do mundo".

Esse equilíbrio se explica pelo alto investimento das equipes inglesas no mercado. Na última janela, foi gasto 1,4 bilhão de euros (R$ 5,9 bilhões), maior valor entre todas as ligas europeias. E essa grande quantidade de bons jogadores em campo acaba virando um atrativo tanto para os torcedores como para quem está em campo. "É muito motivador ver sempre o estádio lotado e um adversário qualificado do outro lado, com grandes nomes. Eu estou curtindo muito esse momento. A alegria de estar em campo e poder mostrar meu futebol aqui é enorme. Estou realizando um sonho", disse.

Apesar de dizer que busca por um "ritmista" para a seleção brasileira, o técnico Tite ainda não deu nenhuma oportunidade para o ex-santista. Medalha de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, a sua única atuação no time principal foi com Dunga durante amistoso contra o México, em 2015. "Não posso negar que o fato de eu estar conseguindo me destacar no futebol inglês aumenta a minha expectativa de receber uma chance na seleção. É um sonho, um objetivo de carreira, e vou seguir focado para que isso ocorra com naturalidade", avisou.

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