(Mike Stobe/Getty Images/AFP)
A Seleção da Argentina “acabou” para Lionel Messi, para azar dos admiradores do bom futebol e, de maneira particular, dos torcedores mineiros. A decisão radical do melhor do mundo (assista abaixo) foi tomada apenas três dias após o anúncio do clássico contra o Brasil em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018, no dia 11 de novembro.
Será o quinto jogo da Seleção Brasileira sob o comando do técnico Tite, após os duelos contra Equador, Colômbia, Bolívia e Venezuela. Assim, a previsão é que as equipes canarinho e alviceleste cheguem ao Mineirão bastante modificadas, uma vez que os hermanos também deverão sofrer uma reformulação “forçada” em relação ao envelhecido grupo duas vezes vice-campeão continental.
Especula-se na imprensa portenha que alguns nomes importantes da atual geração seguirão os passos do capitão, entre eles Agüero, Mascherano, Lavezzi, Di María e Banega. O treinador Gerardo “Tata” Martino também deve jogar a toalha, uma vez que disputou a Copa América com oito meses de salários atrasados.
A mudança de rumos deve abrir portas para jovens promissores do país. Paulo Dybala (Juventus-ITA), Mauro Icardi (Internazionale -ITA), Jonathan Calleri (São Paulo) e Luciano Vietto (Atlético de Madri-ESP) serão provavelmente algumas das caras novas no clássico do Gigante da Pampulha.
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Crise nacional
A ruptura do maior craque da atualidade com a AFA (Associação de Futebol da Argentina) repercutiu internacionalmente, mais até do que o bicampeonato do Chile, decidido novamente na disputa de pênaltis. Na internet, campanhas foram criadas com as hashtags #NoTeVayasLeo, (“Não se vá, Leo”), #QuedateMessi (“Fica, Messi”) e #NoTeMerecemos (“Não te merecemos”).
Mesmo com os apelos da imprensa e dos torcedores, alguns fatores indicam que a despedida do camisa 10 provavelmente não foi anunciada no calor do momento – apesar das lágrimas derramadas pelo craque ainda no gramado.
Na última quinta-feira, o atacante do Barcelona havia publicado uma mensagem polêmica nas redes sociais, classificando a AFA como um "desastre” pela falta de organização na Copa América. As críticas foram reforçadas posteriormente em entrevista coletiva.
Envolvida em denúncias de corrupção, a entidade está sob intervenção de uma comissão reguladora da Fifa até as novas eleições, marcadas para junho de 2017. Aí então, quem sabe, a seleção poderá contar novamente com seu principal jogador, que chegaria ao próximo Mundial da Rússia com 31 anos de idade.
Mineirão
Se mudar de ideia antes do maior clássico sul-americano, Messi pisará pela terceira vez no Gigante da Pampulha. Ele marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Irã, pela primeira fase da Copa do Mundo de 2014, e, seis anos antes, esteve em campo no empate sem gols com o Brasil, pelas Eliminatórias para o Mundial de 2010, na África do Sul.
Além da grande importância pela rivalidade entre as duas seleções, o confronto marcará a volta da Seleção Brasileira ao Mineirão pela primeira vez após a histórica goleada por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014.