Filha nascendo, febre, chute, chuva de criança, medo de morrer: lembranças do Cruzeiro x Villa de 97

Alexandre Simões
@oalexsimoes
22/06/2020 às 13:37.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:50

(Arquivo/Cruzeiro)

Desde as primeiras horas da manhã, a recordação proporcionada pelo Hoje em Dia de que em 22 de junho de 1997, há exatos 23 anos, Cruzeiro e Villa Nova jogavam no Mineirão com 132.834 pessoas presentes ao estádio, recorde do Gigante da Pampulha, permitiu a muita gente que estava lá naquele dia lembrar da sua experiência vivida. E nós selecionamos algumas delas, em depoimentos colocados no Twitter.Arquivo/Cruzeiro

Foto feita da arquibancada mostra o Mineirão completamente lotado em 22 de junho de 1997, na decisão do Campeonato Mineiro de 1997, quando o Cruzeiro foi campeão vencendo o Villa Nova por 1 a 0

Seguem depoimentos de torcedores, que recordaram de tempos que não voltam mais, pois a capacidade do Mineirão atualmente é para 62 mil pessoas.
E a saudade bateu mais forte pela nova realidade. Em tempos de pandemia pelo novo coronavírus, o futebol está parado, quando voltar será sem público e a ordem é pelo distanciamento social.

“Lembro como se fosse hoje, minha esposa grávida de nossa primeira filha, (8 meses) chegamos cedo no estádio e vimos o povão chegando, teve um momento inusitado em que um casal de velhinhos do nosso lado disse: ‘olha, essa menina está quase parindo’, foi épico meu caro.”
Celso Lima

“Inesquecível esse dia. Estava com meu irmão Fabrício Simas, que tinha 11 anos na época, nos meus ombros. Não estava conseguindo entrar no portão 06 de tanta gente, até que levei uma pesada nas costas, que fui parar na roleta....rs... Depois foi só alegria!!!”
1º Sócio do Cruzeiro

“Eu com 6 anos de idade, junto de outras crianças, sendo seguro pelos pais do lado ‘de fora’ das grades que cercavam as escadas de acesso para as arquibancadas!! Na hora do gol quase choveu criança lá pra baixo kkkkkkkk”
Fernando Nunes

“Nesse dia achei que ia morrer. Só  me vinha na cabeça aquela arquibancada despencando na final do Brasileirão de 1992. A gente era empurrado em direção do parapeito do estádio, eu voltava pra cima toda hora, só para não ficar no para peito.”
William Rocha

“Eu estava com 38 graus de febre devido a uma crise de sinusite... Mas fui mesmo assim.. Lembro de nunca ter visto tanta gente na rua chegando ao estádio.. Aquela cantoria já do lado de fora..”
Juninho

“O bacana de toda essa história é a ‘invasão’ da torcida do Villa Nova no Mineirão. A saída de Nova Lima para a Pampulha. Histórias bacanas do futebol mineiro. Uma grande festa e por fim mais um título do Cruzeiro..”
Luiz Gustavo Brás


“Fui de kombi com vários familiares e amigos! Tinha só 9 anos! Entramos o jogo já havia começado! O telão não deixava ver nada! O estádio balançava! Falo com orgulho que eu estava lá! Eu vivo esse time faz tempo”
Nath Reis

  
“Foi uma luta para entrar. Consegui ficar na reta da bandeira de escanteio no gol que o Marcelo Ramos marcou. Além da última fileira da arquibancada, tinham 5 fileiras em pé. Só consegui ir um pouco mais para frente na hora do Gol”.
Denilson Cruz


“Eu levei minha irmã e uma amiga, que nunca foram de frequentar estádio na vida. Ficamos no último degrau da arquibancada, atrás do gol da vitória (na parte que era do rival). Soube do público só depois do jogo, e comemorei mais do que o próprio título.”
André
 
“Eu estava lá. Acho que ficaram mais de 20.000 do lado de fora. Para levantar o copo de cerveja pra tomar já era um problema. Inesquecível”
Gustavo Albuquerque

“Fomos eu, meu irmão, 2 primos, meu pai e meu tio. Eu e meu primo Rafael éramos menores de 12 anos e entramos antes (portão diferente). Estávamos lá dentro na hora do Gol (mas não vimos). Os demais entraram depois. Muito perigoso, mas valeu a pena!!”
Emílio Figueiredo

“Estava neste jogo. O que diferenciou de outros jogos lotados foi que tivemos que ficar 2 pessoas em pé em cada degrau da arquibancada superior. Outro detalhe: as antigas arquibancadas inferiores ficaram também lotadas até nos espaços sem visão livres (nos cantos.)”
Jader Oliveira

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