VARGINHA - Como o Hoje em Dia revelou na sua edição desta terça-feira (14), a renovação do contrato de patrocínio da Prefeitura de Varignha com o Boa Esporte para 2017 ainda não passou pela Câmara de Vereadores da cidade. E se o apoio for retirado, diante da repercussão negativa pela contratação do goleiro Bruno, o clube, fundado originalmente como Ituiutaba, mas que trocou o Triângulo pelo Sul de Minas em 2011, pode novamente mudar de casa.
A possibilidade da mudança foi revelada nesta terça-feira pelo presidente do Boa, Rone Moraes, quando questionado pela reportagem do Hoje em Dia sobre a renovação do contrato com a prefeitura. Segundo Rone, ele não está sabendo de nada, mas se isso acontecer, o Boa Esporte pode procurar outra cidade para usar como sede.
O acordo
Envolvendo verba pública, autorizada pela lei 5.669 de 2013, o acordo inicial entre a prefeitura e o Boa estabelecia que a cidade poderia ajudar o clube com até R$ 294 mil por ano. Com a correção anual pela inflação, este valor em 2017 pode chegar a R$ 384 mil. Em contrapartida, o Boa deveria investir nos jovens da cidade e criar projetos que incentivassem a prática do futebol no município. Fato este que, segundo vereadores, nunca existiu.
Além de quase R$ 16 mil mensais com os dois alojamentos oferecidos aos atletas, a prefeitura de Varginha também disponibiliza ao clube o estádio Dilzon Melo (Melão), um centro de treinamento, além de bancar o transporte dos atletas, e as contas de água e luz. Além disso, oferece também toda assistência de saúde necessária, bancando os exames.
A Prefeitura divulgou nota em que reafirma que o acordo com o clube é renovado anualmente de acordo com o interesse das partes e que não há ingerência sobre assuntos administrativos internos como a contratação de jogadores. Alega, no entanto, que a situação está sendo analisada diante dos novos fatos para que se proceda à renovação ou não do compromisso para a atual temporada.
Patrocínios
Se o fim da parceria com a prefeitura pode decretar nova mudança de sede para o Boa Esporte, a saída dos parceiros privados não parece preocupar muito a diretoria do clube. Segundo Rone Moraes, ele já tem um patrocinador master engatilhado, para a vaga deixada pelo Grupo Góis e Silva, e em relação ao material esportivo, ele afirma que o fornecimento tem que acontecer por parte da Kanxa até o final da temporada.
O dirigente falou ainda do que pensa da volta de Bruno ao futebol e de como aconteceu o acordo. Veja no vídeo abaixo:
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