Final da Champions: Liverpool e Inglaterra contra a hegemonia de Real Madrid e Espanha

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
Publicado em 25/05/2018 às 20:28.Atualizado em 03/11/2021 às 03:16.

O alfabeto cirílico nas inscrições dentro e fora do estádio sinaliza que já é clima de Copa do Mundo. Mas neste sábado (26), antes da definição do campeão mundial, o futebol conhece o novo ou o velho dono da Europa. O Liverpool, da Inglaterra, para mudar o troféu de mãos, encara o Real Madrid, da Espanha, às 15h45 (de Brasília) no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia.

A missão inglesa é quebrar a hegemonia não só dos Galácticos, como da própria Espanha, que já abocanhou a Liga Europa com o Atlético de Madrid. E é o futebol inglês que vem conseguindo se intrometer no domínio espanhol nos dois torneios continentais.

O Real busca o tricampeonato da Champions, algo obtido pela última vez pelo Bayern de Munique em 1974, 1975 e 1976. Curiosamente, foi o próprio Liverpool que venceu a edição de 1967/77, dando novas cores à UCL, ainda que igualmente vermelha. 

Por falar em Bayern, a equipe de Munique foi a última não espanhola a vencer a Champions. Depois, o Real Madrid venceria, sendo seguido por uma taça do Barcelona e o atual bi merengue. 

Na Liga Europa, Sevilla e Atlético de Madrid foram os protagonistas das últimas sete edições. O time da Andaluzia venceu três vezes seguidas, o Atlético repetiu o feito de 2012 neste ano. Apenas a Inglaterra - Chelsea em 20012 e Manchester United em 2017 - foi capaz de se intrometer nesta tourada.

TUDO EM CASA
Se o Real Madrid vencer o Liverpool e pendurar a 13ª Uefa Champions League no currículo, alcançará a quinta dobradinha de um país na história dos dois principais torneios de clubes da Europa.

Em quatro dos cinco títulos do Sevilla na Liga Europa, o vencedor da Champions foi espanhol (duas vezes o Barcelona, outras duas o Real). Agora, o dono do troféu da “segunda divisão” da UCL é o Atlético de Madrid, e a possibilidade é que as duas taças fiquem na mesma cidade, algo que só ocorreu uma vez na história, e em véspera de Copa do Mundo. Foi em 1994, com o Milan e a Internazionale campeões continentais.

Tornar a Champions “sem graça” é uma missão que passa pelos conceitos simples de Zidane: “Há duas equipas e é preciso entender que o adversário pode causar-nos dano, e controlar isso. Depois, quando tivermos a bola, é preciso tentar provocar-lhes problemas”, disse o francês.

Do lado inglês, os Reds podem se proclamar hexa, ultrapassando Bayern e Barcelona e ficando atrás apenas de Milan e Real Madrid. Para tal, contam com o trio Salah, Mané e Firmino que promete “nunca caminhar sozinhos”.

“Eles ainda não nos defrontaram e nós somos o Liverpool, não apenas uma boa equipa de futebol, mas também com o nosso DNA para alcançar grandes coisas”, disse Jurgen Klopp.

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