Finalmente o Atlético acabou com a série de derrotas no Campeonato Brasileiro e deixou a casa dos 27 pontos. Pressionado e tentando evitar o sétimo réves consecutivo, o time saiu atrás do marcador contra o Ceará, mas graças ao venezuelano Otero e ao camisa 27 Luan, voltou a vencer na Série A após jejum de 50 dias.
Antes de a bola rolar pela 22ª rodada do Brasileirão, o pequeno público que compareceu ao Horto cantou o hino e demonstrou apoio ao time, eliminado na quinta-feira da Copa Sul-Americana. Contudo, a partir do apito inicial, jogadores, comissão técnica e diretoria viraram alvo dos presentes; vaias e xingamentos prevaleceram quase todo o tempo de partida. Cazares, Elias, Fábio Santos e Patric foram os atletas que não foram perdoados quando tocavam na bola; no intervalo, com o gol de pênalti marcado pelos visitantes - o Atlético reclamou bastante da marcação -, as ofensas foram direcionadas ao técnico Rodrigo Santana e ao presidente Sérgio Sette Câmara.
Luan, que fez a terceira partida consecutiva, foi uma das exceções à regra neste domingo e, desde o início, ganhou aplausos. Otero, que substituiu o lesionado Yimmi Chará, ainda na primeira etapa, também teve o nome bastante gritado pelos atleticanos. O gol, marcado no início do segundo tempo, incendiou o jogo e aumentou a moral do camisa 80. Aos 36, foi o "Maluquinho" que fez o torcedor explodir de alegria no Horto.
Virando o placar, ele correu para o abraço se tornou um dos herois da noite. Com o resultado, o Atlético chegou aos 30 pontos e enfim respirou na Série A.
Na próxima quarta-feira (2), Rodrigo Santana e seus comandados voltam a campo, mais uma vez em BH, e fazem contra o Vasco o jogo adiado da 21ª rodada. O time de Vanderlei Luxemburgo tem 24 pontos e vem de derrota por 1 a 0 para o Corinthians. O duelo está marcado para às 19h15.
"Público Zero"
Como forma de pressionar a diretoria e de mostrar toda indignação com os jogadores e comissão técnica, as principais organizadas do Atlético não compareceram ao Independência para empurrar o time na 22ª rodada. Contudo, mesmo sem este apoio, outros 6.131 compraram ingressos e viveram emoções distintas no embate contra os comandados de Enderson Moreira, outro pressionado pelos resultados ruins do Vozão. A renda foi de pouco mais de R$ 47 mil.