Flávia Saraiva leva ouro e prata na ginástica em São Paulo

Estadão Conteúdo
03/05/2015 às 14:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:52

Flávia Saraiva mostrou neste domingo (3) por que a ginástica artística do Brasil deposita tantas esperanças nela. Em São Paulo, repetiu o desempenho dos Jogos Olímpicos da Juventude e faturou uma medalha de ouro e outra de prata no segundo e último dia de finais da Copa do Mundo, no Ibirapuera. Ganhou no solo e foi segunda colocada na trave, com a mesma nota que deu à norte-americana Simone Biles o título mundial no ano passado: 15.100.

Se na fase de classificação, sexta, Flávia caiu ao se apresentar na trave, desta vez a brasileira de 1,33m foi perfeita. Levantando o público a cada exercício bem executado, foi ganhando confiança até encerrar a apresentação ovacionada. A nota demorou a sair, enquanto o telão mostrava uma menina alegre com o acolhimento da torcida. Quando o 15.100 apareceu na tela, era só a confirmação de que tudo havia dado certo.

Há de se reconhecer, entretanto, que não é só o Brasil que produz talentos. Chiunsong Shang, da China, que já havia tirado 15.100 na eliminatória, foi ainda melhor que Flávia na final, com incríveis 15.400. Levou o ouro, deixando a brasileira com a prata.

No solo, a disputa não teve o mesmo nível técnico. Após uma boa apresentação da alemã Elizabeth Seitz (13.400), a primeira a subir ao tablado, as notas foram piorando ginasta após ginasta. Ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude na prova, Flavinha sabia que não precisava de muito para garantir medalha em São Paulo.

A torcida competiu junto. Vibrou a cada salto cravado e acompanhou a parte coreografada da apresentação com palmas. A garota se animou, fechou bem a série e saiu sorridente. Enquanto ela esperava a nota (13.625) que fez a torcida explodir, o técnico Alexandre Carvalho recebia os cumprimentos sinceros dos treinadores rivais. Afinal, lapidou um talento.

O ouro ainda não estava garantido, porque faltava a apresentação da alemã Leah Griesser. A torcida se comportou bem. Aplaudiu a atleta antes da série, comemorou os acertos da europeia, mas não deixou de fazer grande festa quando veio a nota, 13.325, que a deixou o bronze. Flavinha era a campeã da prova.

Lorrane Oliveira também participou da final do solo. Caiu logo na primeira sequência e terminou em último. "É errando que se aprende", disse ela, depois, na zona mista.

MASCULINO

Depois da dobradinha de ouro e prata com Arthur Zanetti e Henrique Medina Flores na argola e da prata de Diego Hypolito no solo, o Brasil fez mais uma final neste domingo, com Pétrix Barbosa no cavalo com alças. Ele terminou em quarto, com 14.325, muito perto do alemão Andreas Toba (14.400), e saiu comemorando bastante o resultado.

"Desde que cheguei aqui, almejei duas finais, de paralelas e barra. Cavalo seria um bônus. Acabou que inverteu e eu me surpreendi. É mais um aparelho que posso estar brigando mundialmente. Óbvio que queria uma medalha, mas a gente não compete para buscar o ouro sempre", avaliou Pétrix, um dos 'generalistas' da seleção - sua regularidade de resultados, em todos os aparelhos, é mais importante do que as notas para brigar por medalha em cada um deles.

O Brasil encerrou a Copa do Mundo em São Paulo com nove medalhas: ouro de Arthur Zanetti (argolas), Flávia Saraiva (solo) e Ângelo Assumpção (salto); prata para Henrique Medina Flores (argolas), Rebeca Andrade (salto), Diego Hypolito (solo) e Flávia Saraiva (trave); além de bronze com Diego Hypolito (salto) e Francisco Barreto (barra paralelas).

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