França quer estender período de estado de emergência para a Eurocopa

Estadão Conteúdo
20/04/2016 às 14:30.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:02

(Divulgação/uefa.com)

O governo da França pediu nesta quarta-feira (20) que seja estendido em dois meses o período de estado de emergência adotado pelo país desde os ataques terroristas de novembro do ano passado. A intenção é cobrir a Eurocopa e a Volta da França deste ano, o que aumentaria a atenção com a segurança em ambos os eventos.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse à rádio France Info que a extensão do estado de emergência até o fim de julho "permitirá uma resposta melhor contra a ameaça terrorista" durante a Eurocopa, que acontecerá entre 10 de junho e 10 de julho. A medida precisa passar por aprovação parlamentaria antes de ser adotada.

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Se os fatos ocorridos no dia 13 de novembro de 2015 em Paris já levantaram o temor com a segurança durante os principais eventos esportivos desse ano na França, os ataques realizados no mês passado, em Bruxelas, na Bélgica, apenas aumentaram a preocupação. A Eurocopa, além da Volta da França e Roland Garros, são tidos como eventos de risco pelo grau de popularidade.

Para a Eurocopa, a maior preocupação é em relação aos locais em que haverá concentração de torcedores para assistirem às partidas em telões. Cerca de oito milhões de pessoas são esperadas nestas áreas, de acordo com as autoridades. Os organizadores do torneio já aumentaram o orçamento da segurança em 25%.

O estado de emergência já foi estendido duas vezes desde que foi declarado em novembro e está previsto para terminar no dia 26 de maio. Ele dá mais poderes aos policiais para realizarem prisões e buscas e permite às autoridades impor restrições ao movimento de pessoas e veículos no país.

A medida já foi bastante criticada por grupos de direitos humanos franceses, que a veem como prejudicial à democracia. Mas Valls parece mesmo disposto a insistir na extensão. "Devemos garantir a segurança plena para que a Eurocopa possa ser ao mesmo tempo uma celebração com estádios cheios e zonas de torcedores", argumentou.
 

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