Um dos anos mais conturbados da história, principalmente no Brasil, não poupou os goleiros. E 2016 ficará marcado no mundo da bola pelas contusões sérias de alguns dos principais jogadores da posição no país. E o futebol mineiro está diretamente ligado a essa “maldição”, pois a bruxa andou solta pelas metas de Atlético e Cruzeiro.
Nenhum clube brasileiro viveu tantos problemas envolvendo os seus goleiros, nesta temporada, como o Atlético. Só o titular Victor sofreu três contusões em 2016, a última e mais grave delas nas férias, no final da semana passada, quando participava de um jogo beneficente em Jundiaí, em São Paulo.
A lesão no ombro direito, que exigiu uma cirurgia, realizada terça-feira, em Belo Horizonte, exigirá uma recuperação de pelo menos quatro meses. Assim, o técnico Roger não contará com Victor antes do meio de abril de 2017, quando já estará sendo jogada a fase de grupos da Libertadores.
A situação é parecida com a vivida por ele no início do ano, quando uma lesão no menisco do joelho direito o tirou de duas partidas da fase de grupos da competição sul-americana.
A sua primeira contusão foi num momento em que o Galo teve lesões em série de jogadores da posição, envolvendo o seu reserva imediato, Giovanni, e também três garotos da base.
Com isso, o técnico da época, Diego Aguirre, foi para um clássico contra o Cruzeiro, no Independência, pela primeira fase do Campeonato Mineiro, com Uilson, seu terceiro goleiro, como titular, e Thiago Valle, o quarto na hierarquia do time sub-20, como o reserva.
A diretoria chegou a contratar o veterano Lauro nesta época, mas por problemas extra-campo ele nem chegou a jogar e foi repassado ao Ceará.
Na Toca II, os problemas vividos com a contusão de goleiros foram menores, mas no momento em que o titular Fábio sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, em agosto, seu reserva imediato, Rafael, ainda se recuperava de fratura num dos dedos da mão direita.
Isso obrigou o técnico Mano Menezes a escalar em dois jogos o garoto Lucas França, recém-promovido do sub-20. Elisson, que estava emprestado ao Coritiba, foi repatriado.
Seleção
Três goleiros com história na Seleção Brasileira também sofreram com lesões em 2016. Jefferson, reserva na Copa de 2014, não joga pelo Botafogo desde maio por causa de uma lesão no braço esquerdo, que exigiu uma segunda cirurgia na semana passada.
Fernando Prass, do Palmeiras, que seria titular da Seleção olímpica, perdeu os Jogos do Rio e grande parte do Brasileirão por uma fratura no cotovelo direito. No Fluminense, uma lesão muscular tirou Diego Cavalieri do time a partir de setembro.