A novela envolvendo a compra dos direitos federativos do atacante André pelo Atlético chegou ao fim nesta quarta-feira (18) com um final feliz para os torcedores do time mineiro, mas sem muitos motivos de alegria para a diretoria, que teve que usar seus próprios recursos para efetuar o pagamento para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia.
O Atlético contava que o pagamento seria feito pela DIS, braço de investimento no futebol do Grupo Sonda. Mas, de acordo com o presidente Alexandre Kalil, a empresa recuou na última hora, três meses depois de se comprometer com o investimento.
Por isso, a nota oficial em que o Atlético anuncia a compra de André se tornou muito mais um desabafo público de Kalil contra a DIS, chamada "pseudoinvestidores" pelo mandatário atleticano, que disse nunca ter se deparado com "tamanha falta de responsabilidade e compromisso."
"Desde que estive em Kiev para fechar o negócio, há mais de três meses, tive a garantia do grupo DIS/Sonda, que havia me procurado, de que os recursos seriam disponibilizados por este investidor. Desde então, nas várias reuniões que aconteceram, sempre tive a certeza de que o negócio estava sacramentado, tanto que um contrato foi assinado entre as partes", explicou Kalil, antes de começar a dispara.
"Para o meu espanto, a dois dias do fechamento da janela de transferência (que se fecha dia 20), fui informado pelo grupo DIS/Sonda de que o acordo firmado anteriormente não seria concretizado e que o grupo investidor não mais cumpriria com o combinado. Espero que atitudes como a desse grupo sejam expurgadas do nosso meio e que pseudoinvestidores não encontrem mais espaço num futebol que vem se tornando cada vez mais sério e moderno", disse Kalil, antes de encerrar: "No Atlético, eles já têm as portas fechadas".
Sem a DIS, o Atlético vai arcar sozinho com a transferência de André, que hoje é reserva de Jô. A primeira parcela já foi paga o clube mineiro espera para esta quinta-feira (19) a regularização do atacante do Santos.