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Em tempos nos quais o jogador podia jogar três partidas em um mesmo dia, e por clubes diferentes, os registros oficiais eram escassos. Mas o mito criado em torno de um dos primeiros ídolos do esporte brasileiro tem um fato: ele passou pelo Atlético, que completa 110 anos neste domingo (25).
Arthur Friedenreich nasceu em São Paulo, ainda quando o Galo nem existia (1892). Atacante com faro de gol nato, fez história no futebol paulista em 26 anos de carreira. No apagar das luzes desta trajetória que conta com fatos míticos de que teria feito mais de 1.200 gols, "Fried" jogou uma vez pelo Atlético.
Em 1933, aos 42 anos, El Tigre entrou em campo de preto e branco no antigo Estádio Antônio Carlos num amistoso entre o Galo e o Siderúrgica de Sabará. Vitória atleticana de 3x0, com Friedenreich anotando dois gols para a contagem extra-oficial dos 1329. em levantamento realizado pela Revista Placar no fim do século passado, o pente fino da pesquisa reduziu para 556 gols comprovados do atacante, por 16 clubes diferentes.
Fried foi herói da Seleção Brasileira, tendo participado do primeiro jogo da história do time nacional, em 1914. Foi de seus pés que saiu o gol do título do Campeonato Sul-Americano de 1919. Vitória de 1 a 0 contra o Uruguai, no Estádio das Laranjeiras, o primeiro título da Seleção, que originou o famoso choro "1 a 0", de Pixinguinha.
Filho de um imigrante alemão com uma professora negra brasileira, mistura de cor, com lendas criadas em seu entorno, e considerado o primeiro ídolo do futebol no Brasil.Arquivo/Agência Estado / N/A
Um encontro de lendas: Fried e Pelé e mais de mil gols para cada?