Goleiro Lauro tenta ser o primeiro a brilhar em Minas depois de ter defendido o rival

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
Publicado em 07/04/2016 às 20:14.Atualizado em 16/11/2021 às 02:51.

Em menos de três meses de temporada, o Atlético deve ter o quarto goleiro diferente em sua meta na partida do próximo domingo, contra o Tricordiano, às 16h, no Independência, pela última rodada da fase classificatória do Campeonato Mineiro.

E a estreia de Lauro, de 35 anos, que veio do Lajeadense-RS com as contusões de Victor e Giovanni, pode ter um duplo sentido. Primeiro, porque o técnico Diego Aguirre, como a prioridade é a Libertadores, deve escalar uma equipe reserva. O segundo é a insegurança do garoto Uilson, que já soma duas falhas em três jogos à frente do gol atleticano.

A tarefa de Lauro não será fácil, pois a história mostra que os goleiros que mudaram de lado, nos dois rivais mineiros, nunca tiveram vida fácil. O seu desafio é vencer este verdadeiro tabu e brilhar com a camisa alvinegra. (Veja a análise abaixo)

Nos anos 70, Hélio, foi o primeiro a viver os dois lados da moeda. Goleiro do Atlético no famoso 3 a 3 de 1967, caiu em maldição no Galo e foi parar na Toca da Raposa. Mas sempre foi reserva de uma das lendas da história cruzeirense, Raul.

No final da década de 80, Pereira, uma revelação atleticana, mas quase sempre reserva de João Leite, perdeu espaço após falhar numa derrota de 3 a 0 do Cruzeiro no clássico.

Logo depois, perdeu a posição para Paulo César Borges, que chegou ao clube para a disputa do Brasileirão. Depois de vencer duas Supercopas e uma Copa do Brasil no Cruzeiro, ele deixou o clube.

Voltou a Minas em 1997, para defender o Atlético, mas teve vida curta no clube e quase sempre como reserva do tetracampeão mundial Taffarel. No ano seguinte, ele retornou à Toca da Raposa, para ser reserva de Dida.

Goleadas

A “vítima” mais recente é Juninho. Reserva de Fábio em 2006, ele chegou ao Atlético em 2008. E na mesma temporada foi o goleiro dos 5 a 0 do Cruzeiro na final do Estadual. No ano seguinte, a Raposa repetiu a dose, e Juninho era de novo o goleiro do Galo. Logo depois, Aranha foi contratado para substituí-lo.

A partir de domingo, com a provável decisão de Diego Aguirre de escalar Lauro, o quarto goleiro do Galo em 2016 tenta ser o primeiro a brilhar do outro lado na rivalidade mineira.

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