(Mineirão/AgênciaI7)
O Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, revelou nesta terça-feira (24), que o Estado já enviou uma proposta para a Minas Arena, que é quem gere o Mineirão, para refazer o contrato, buscando diminuir o repasse e priorizar o futebol no estádio.
Em 2010, a Minas Arena foi contratada por meio de uma licitação em concurso público para reformar o Mineirão. Com isso, o governo da época, de Aécio Neves (PSDB), fez um contrato que garante alto repasse do Estado à empreiteira, que tem contrato até 2027. Fernando Marcato quer mudar isso:
“O que eu pedi a Minas Arena foi o seguinte: eu quero pagar menos, então vamos mudar os termos (do contrato), ainda que você tenha um pouco mais de prazo. A gente ainda engloba esse tema dos times de futebol, vamos acabar com essa disputa, porque toda vez é a mesma história”.
Em resumo, Marcato está disposto a aumentar o tempo de concessão para a Minas Arena, desde que o repasse diminua, além de conseguir mais prioridade para o futebol, o que não está acontecendo recentemente.
O secretário explica que, até o fim de 2022, o Estado era obrigado a pagar R$ 10 milhões por mês para a Minas Arena. A partir deste ano, o repasse será entre R$ 3 e 4 milhões. Isso acontece porque a empreiteira pagou toda a reforma do Mineirão e o Governo precisa ressarci-los ao longo dos anos. Marcato explica ainda que esse repasse varia, já que quanto maior o lucro da empreiteira, menor é o que o Estado precisa pagar:
“O que a Minas Arena tem de lucro, uma parte ela divide com o Estado e abate dessa contraprestação. O ideal é que a Minas Arena tivesse tanto lucro que o Estado não teria que pagar, mas isso até hoje não aconteceu. Não sei se é um problema de calibragem, que não gera os incentivos, ou se é um problema de mercado”.
Marcato disse que já enviou a proposta de um novo contrato para a Minas Arena, que revelou já ter contratado uma consultoria para analisar a questão. O secretário quer cumprir o contrato, sem precisar rompê-lo, mas precisa que a empreiteira aceite mudá-lo:
“O nosso caminho é respeitar o contrato e tentar o consenso, porque depois disso vira briga judicial e ninguém sai beneficiado, Se não chegar num consenso, a gente tem uma segunda estratégia para se avaliar”.
No ano passado, Marcato disse que, caso o Estado rompa o contrato com a Minas Arena, teria que pagar uma multa que gira em torno de R$ 400 milhões.
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