Gramado do estádio do Mineirão é preocupação extra para brasileiros e argentinos

Estadão Conteúdo
Publicado em 01/07/2019 às 08:59.Atualizado em 05/09/2021 às 19:20.
As torcidas de Galo e Raposa dividirão por igual a carga de 55 mil ingressos para a finalíssima do Estadual (Mineirão/Divulgação)
As torcidas de Galo e Raposa dividirão por igual a carga de 55 mil ingressos para a finalíssima do Estadual (Mineirão/Divulgação)

A Copa América está a quatro jogos do final sem conseguir deixar jogadores e seleções satisfeitos com as condições de organização. Em Belo Horizonte, local da primeira semifinal do torneio, nesta terça-feira, (2) entre Brasil e Argentina, novamente o gramado foi alvo de preocupação da seleção brasileira. O coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, foi ao estádio do Mineirão na manhã deste domingo para fazer uma vistoria.

O dirigente caminhou pelo local e examinou alguns pontos específicos da grama. Ao contrário do realizado na partida anterior, em Porto Alegre, Edu Gaspar estava sozinho, sem a presença do técnico Tite, e não deve fazer uma nova visita. Antes do jogo contra o Paraguai, na Arena do Grêmio, a dupla foi ao estádio duas vezes em menos de 24 horas, conversou com funcionários e cobrou melhorias.

Após a partida de quartas de final, na última quinta-feira, Tite reclamou muito do gramado e definiu a situação como absurda. "É inconcebível eu vir na segunda-feira aqui, ver que tem cinco pessoas trabalhando e no dia seguinte continuar a mesma coisa, com o gramado ainda prejudicado desse jeito", comentou.

Dias antes, o argentino Lionel Messi havia feito reclamação parecida sobre o mesmo campo, assim como o uruguaio Luis Suárez. Outras sedes como Salvador e Rio de Janeiro receberam críticas similares. Até agora só Arena Corinthians e Morumbi, ambos em São Paulo, tiveram os gramados poupados de ataques.

Segundo o Comitê Organizador Local (COL) da Copa América em Belo Horizonte, o Mineirão passou nos últimos dias por um trabalho especial com adubos e iluminação artificial para estar em condições ideais. O órgão considerou a visita de Edu Gaspar como protocolar e confia na qualidade do piso para a partida.

Pesa a favor do Mineirão o intervalo maior sem receber partidas. O último jogo em Belo Horizonte foi na segunda-feira da semana passada entre Japão e Equador. Portanto, ao contrário de outras sedes, houve a possibilidade do gramado se recuperar por não ser exigido nos últimos dias. O clima na cidade também ajudou, com dias ensolarados e sem chuvas fortes.

Ainda assim, há um cuidado grande para a semifinal da Copa América. Nesta segunda-feira, dia do treino de véspera, as duas seleções abriram mão mais uma vez de fazer a atividade de reconhecimento do gramado, como é comum em torneios desse tipo. A ordem é continuar a poupar os campos de jogo.

O Brasil vai realizar a atividade na Cidade do Galo, o CT do Atlético-MG, e só depois do trabalho Tite vai ao Mineirão para conceder a entrevista coletiva oficial e obrigatória pré-jogo. Apenas antes dos jogos contra Bolívia, no Morumbi, e Peru, na Arena Corinthians, a seleção manteve o cronograma habitual de treinar na véspera no local da partida.

LOGÍSTICA - A Copa América vai aumentar também o cuidado com o deslocamento dos times. Na última sexta-feira, o Chile pegou trânsito ao sair do hotel em São Paulo e se atrasou para o jogo contra a Colômbia, na Arena Corinthians. O zagueiro brasileiro Thiago Silva reclamou desse aspecto da organização. "A logística de hotel, em dia de jogo, tem sido muito difícil. Podia ter sido feito um pouco melhor", afirmou.

 
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