Grêmio é punido com perda de mando de campo na final da Copa do Brasil contra o Galo

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
Publicado em 16/11/2016 às 18:08.Atualizado em 15/11/2021 às 21:41.

O Grêmio foi punido nesta quarta-feira (16) com a perda do mando de campo na decisão da Copa do Brasil, contra o Atlético. A decisão foi publicada no site oficial do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), e o Tricolor já anunciou que vai recorrer da sentença.

No julgamento, os auditores da entidade decidiram enquadrar o clube gaúcho no artigo 213 inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, por "deixar de prevenir e reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento".

Como ainda cabe recurso, não há detalhes sobre o possível cumprimento da pena, como, por exemplo, a indicação de um estádio alternativo para a realização da partida, marcada para 30 de novembro.

A causa da denúncia foi a entrada de Carol Portaluppi, filha do técnico Renato Gaúcho, no gramado da Arena do Grêmio ao término do confronto da volta contra o Cruzeiro (0 a 0), pelas semifinais. O fato foi relatado na súmula do jogo pelo árbitro Thiago Duarte Peixoto.

"Vamos recorrer. Ainda não conheço as circunstâncias do julgamento, mas o Grêmio irá recorrer desta decisão", afirmou o presidente gremista Romildo Bolzan Jr. à Rádio Gaúcha.

Carol Portaluppi

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O julgamento

O advogado do Grêmio, Gabriel Vieira, pediu a absolvição do clube argumentando que não houve prejuízo à partida.

"O dispositivo (artigo 213) é muito claro para casos que podem macular ou trazer prejuízo ao espetáculo. Não se amolda para o caso de uma bela moça que entra em campo ao final da partida. Pela primeira vez no direito desportivo estamos analisando um caso de amor e afeto entre pai e filha que se abraçam ao término de um resultado positivo", afirmou.

Relator do processo, o auditor do STJD Vanderson Maçullo votou pela perda do mando, além da aplicação de uma multa de R$ 30 mil.

“Ao mérito, o fato é incontroverso. O (artigo) 213 fala em deixar de prevenir e reprimir (invasão de campo). Estou mantendo a denúncia, e entendo que a filha do treinador não poderia estar ali. O tribunal não está julgando o amor de pai e filha e, sim, um ato que não é permitido”, justificou.

Os auditores Otacílio Araújo, Manoel Bezerra e Jurandir Ramos acompanharam o voto. Já o presidente Sérgio Martinez divergiu, por entender que a punição seria desproporcional.

“A senhorita Carol Portaluppi assistiu o jogo da tribuna. Faltavam dois ou três minutos e ela foi chamada. Só lamento que o Grêmio não tenha tomado no momento uma autoridade. Mas acho um exagero punir com perda de mando. Vou ficar com multa de R$ 10 mil”, concluiu.

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